Publicado em 08/03/2024Auditores fiscais federais agropecuários intensificaram a fiscalização de embalagens de madeira, causando atrasos na liberação de todos os tipos de cargas em portos, aeroportos e postos de fronteira no Brasil. O Porto de Santos (SP) registra 6,1 mil contêineres afetados, enquanto todas as cargas com embalagens de madeira no aeroporto de Goiânia (GO) foram retidas. Ações similares ocorreram em Foz do Iguaçu (PR), Dionísio Cerqueira (SC), Guarulhos (SP) e Galeão (RJ).
No porto seco de Anápolis (GO), 13 licenças de importação de produtos veterinários e de alimentação animal estão pendentes, com mais 45 processos que incluem madeira aguardando inspeção. Essas medidas afetam diversos setores, incluindo eletrônicos e automotivo. A Renault e a General Motors reportaram problemas, destacando o impacto na produção de veículos e componentes.
Os auditores buscam chamar a atenção do governo federal para suas demandas, argumentando que as operações não representam greve, mas são ações dentro dos prazos legais. Segundo o Anffa Sindical, o déficit de 1,6 mil servidores complica a fiscalização eficaz. A mobilização inclui inspeção obrigatória de 100% das cargas com madeira, afetando também o canal verde de inspeção, usado para análises documentais e que agiliza a liberação de cargas, que está suspenso durante a operação.