Publicado em 23/01/2019Após a Arábia Saudita desabilitar cinco frigoríficos brasileiros que vendem carne de frango para o país, o presidente em exercício, Hamilton Mourão, justificou nesta quarta-feira que o motivo foi o interesse dos sauditas de investirem na produção local de frangos.
— Eles tinham uma ideia de cortar as importações do Brasil para 400 mil toneladas, nós estamos exportando em torno de 600 mil hoje. O dado que eu tenho, que não é confirmado ainda, é de que eles pretendem também produzir frangos lá na Arábia Saudita. Óbvio que vai sair mais caro, mas eles têm dinheiro — justificou o presidente.
Mourão voltou a negar que o veto da Arábia Saudita, maior importadora de carne de frango do Brasil, seja uma retaliação ao governo Jair Bolsonaro, como já havia feito na terça-feira. O presidente anunciou a intenção de transferir a embaixada em Israel de Tel Aviv para Jerusalém.
— É isso que está acontecendo, não tem nada a ver com essa questão de embaixada. Até porque, qual foi a declaração do nosso representante na ONU? Que existe um estado de Israel e um estado palestino, conforme nós reconhecemos desde 1947. Então nada mudou — explicou Mourão.
No final do ano passado Bolsonaro deu afirmações cogitando a possibilidade de remover a embaixada palestina de Brasília por motivos de segurança por ficar muito próxima do Palácio do Planalto. Mourão negou essa possibilidade de remoção, afirmando que Israel e Palestina eram reconhecidos e que o resto era "retórica e ilação"
— Não tem nada disso. Os dois estados são reconhecidos. O resto tudo é retórica e ilação - concluiu. Com informações do jornal O Globo.