Publicado em 14/05/2018A Federação Agrícola do Estado São Paulo (Faesp) vai encaminhar aos candidatos ao governo de São Paulo nas eleições de 2018 doze sugestões de medidas de segurança no campo para diminuir a criminalidade nas regiões rurais do Estado. A entidade aponta que foram registradas cerca de 15 mil ocorrências no ambiente rural entre janeiro de 2017 a março de 2018. Do total de registros, de acordo com esse levantamento, 76% se relacionam aos crimes de furto, roubo e latrocínio.
“É necessária uma ação imediata dos poderes públicos, levando ao campo a segurança para que o produtor tenha condições de aprimorar cada vez mais a produção com produtividade”, afirmou o presidente da Faesp Fábio Meirelles. A segurança virou um dos temos prioritários do setor do agronegócio nesta eleição. Preocupados com furtos e o aumento dos roubos, produtores rurais e representantes do agronegócio do país querem pautar o combate à violência no debate eleitoral.
No relatório, a Faesp diz que as medidas, se implementadas, poderiam diminuir os índices de criminalidade. Entre elas, “o aumento da presença ostensiva dos agentes policiais estaduais e municipais” e “a incorporação das informações registradas no Cadastro Ambiental Rural (CAR) nos sistemas informatizados da Polícia Militar, o que permitiria maior agilidade e precisão no despacho de viaturas para o atendimento de ocorrências policiais na zona rural”.
Maquinários, insumos agrícolas e gado não são os únicos objetos de roubo no campo. Boa parte das ocorrências também acontece dentro das residências, de onde os bandidos levam móveis, eletrodomésticos e eletrônicos. “No momento, o homem do campo tem menos medo do desemprego do que da violência que se instalou, trazendo insegurança permanente ao meio rural”, ressalta Meirelles.
Outro ponto destacado pelo presidente da Faesp é a faixa horária em que os crimes acontecem. “Há uma predominância dos crimes praticados no período noturno, entre 17h e 6h da manhã”. O presidente da instituição também explica que quase a totalidade dos crimes envolve a invasão das propriedades privadas, “Os criminosos invadem para roubar, furtar e sair rapidamente carregando os itens roubados antes que seja acionada a polícia”.
Dentre as ações já feitas em parceria com a Polícia Militar, a Faesp destaca a criação de conselhos de segurança regionais. De acordo com Meirelles, os próprios produtores também têm investido em equipamentos de vigilância. “Muito tem sido feito, mas, infelizmente, o crime se sofistica também e as estatísticas criminais e a sensação de insegurança aumenta.”
Ações
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública diz que, somente neste ano, 47 pessoas foram presas em flagrante em áreas rurais e 139 armas de fogo foram apreendidas pela Polícia Militar Ambiental. De acordo coma pasta, o policiamento ambiental atua prioritariamente na preservação do meio ambiente e na proteção dos recursos naturais, prevenindo e combatendo os crimes e infrações ambientais em todo o território paulista e, de forma suplementar ao policiamento territorial (Batalhões de Área), na prevenção e repressão dos crimes comuns nas áreas rurais. Com informações do portal Estadão.