Cotações Mapas Notícias em seu e-mail
Precisa vender? Mais de 6.000 visitantes diariamente esperam pelo seu produto aqui no Pecuaria.com.br. Clique aqui e veja como e facil anunciar!
Arroba do Boi - R$ (À vista)
SP MS MG
318,00 310,00 313,00
GO MT RJ
308,00 310,00 318,00
Reposição - SP - R$
Bezerro 12m 2270,00
Garrote 18m 2660,00
Boi Magro 30m 3240,00
Bezerra 12m 1770,00
Novilha 18m 2210,00
Vaca Boiadeira 2480,00

Atualizado em: 6/11/2024 11:09

Cotações da Arroba: SP-Noroeste, MS-Três Lagoas, MG - Triângulo, GO - Região Sul, MT - Rondonópolis, RJ-Campos
Clique aqui e veja cotações anteriores

 

 

 

 


 
Receba, diariamente, em seu
e-mail nosso boletim com os assuntos que mais interessam
ao profissional do setor.

Clique aqui e inscreva-se gratuitamente.


Adriano Garcia
MTb 10252-MG

 

Uma boa oportunidade para o setor leiteiro

 
 
 
Publicado em 25/04/2008
Roberto Rodrigues

O setor leiteiro está vivendo um momento de grande mudança no mundo todo. O segmento industrial está se concentrando, e empresas cada vez mais poderosas estão sendo constituídas. Faz sentido porque um dos pontos-chave para a rentabilidade desta cadeia produtiva é escala: o lucro por unidade é insignificante, quando existe, de modo que só com volumes bastante altos se pode progredir.

Mas faz sentido também pelo horizonte futuro do consumo de leite e de seus derivados. Nos últimos 25 anos, o consumo brasileiro per capita/ano de leite subiu de 90 litros para quase 140. E no mundo a tendência é a mesma. Tal fato se deve basicamente ao aumento da renda dos consumidores de países emergentes, puxando o aumento da produção. Alguns estudiosos acreditam que 2008 seja o último ano de equilíbrio entre a oferta e a produção de leite no mundo, com um número em torno de 680 bilhões de litros. E que, por volta de 2014, mantidos os atuais padrões de tecnologia e produtividade, poderá haver um déficit global da ordem de 30 bilhões de litros.

É claro que isto não acontecerá, porque os produtores, animados com a perspectiva de melhor remuneração, investirão em tecnologias, melhoria de raças, alimentação e manejo, tirando mais leite por animal e por hectare de forma competitiva.

No entanto, há limites para este crescimento em algumas áreas produtivas. Nos Estados Unidos, maior produtor mundial (com 80 bilhões de litros anuais), o aumento da produtividade só ocorrerá com custos muito elevados, enquanto os enormes subsídios recebidos pelos seus produtores vêm sendo questionados pela sociedade e discutidos na rodada de Doha, da Organização Mundial de Comércio (OMC). O tema dos subsídios também ameaça os europeus, enquanto neozelandeses (grandes exportadores) e australianos estão limitados pela terra disponível e por questões ambientais, inclusive disponibilidade de água.

O Brasil tem, neste cenário, uma grande oportunidade. E, de fato, vem crescendo a produção láctea no País. Nos últimos dez anos, saltou de 18,6 bilhões de litros para mais de 27 bilhões. Em 1997, importamos mais de 2 bilhões de litros para atender à demanda interna, sem exportar um único litro. E, já em 2006, exportamos mais do que importamos, pela primeira vez, invertendo a balança comercial.
Atualmente, nossa produtividade ainda é muito baixa: só 1% das fazendas brasileiras conseguem uma produtividade superior a dez litros por vaca por dia. Embora isto represente 29% de toda a produção nacional, estamos muito longe dos produtores da Nova Zelândia, Canadá, Dinamarca e Holanda, cujas médias superam 30 litros.

E 94% das nossas fazendas, representando 32% da produção total do país, estão abaixo de 5 litros/vaca/dia. É muito pouco.

Mas tem um lado positivo: podemos crescer em produtividade, usando novas tecnologias que estão disponíveis nos centros de pesquisa e universidades, melhorar a gestão das fazendas, agregar valor à matéria-prima através das cooperativas e de indústrias modernas já existentes.

Mas há outros temas para enfrentar.

O primeiro é o da informalidade. Não é mais possível, no interesse da sanidade pública, manter um grau tão alto, da ordem de 34%. E isto leva à rastreabilidade do produto, como um grande desafio operacional. Quando o Brasil for um importante player mundial no setor - e será - a certificação vai ser exigência tão forte quanto à que a União Européia (UE) faz hoje com a carne.Na área de sustentabilidade há também um desafio formidável. Neste capítulo está o tema do meio ambiente, com atenção para o uso da água, especialmente no tratamento de efluentes e resíduos; e o destino das embalagens usadas precisa ser normatizada.

A questão sanitária é igualmente fundamental, com ênfase para a perfeita sanidade dos animais, que devem ser livres de doenças como a brucelose, a tuberculose, a raiva, a toxoplasmose e a própria aftosa.

Mas não é só aí que a sanidade é importante.

O mercado não deve aceitar produtos de leite que tenham resíduos químicos ou contaminantes que representam riscos à saúde humana, assim como de antibióticos e pesticidas.

Em resumo, a qualidade da matéria-prima é absolutamente essencial para a conquista de mercados externos e consolidação do interno.

Estamos no bom caminho, e não podemos perder esta boa oportunidade. Nossos produtores estão modernizando sua atividade com grande competência e visão do futuro. Isso garantirá ao Brasil avanços importantes no promissor mercado lácteo mundial.

Roberto Rodrigues, ex-ministro da Agricultura do governo Lula, é coordenador do Centro de Agronegócio da FGV, presidente do Conselho Superior de Agronegócio da Fiesp, professor de Economia Rural da Unesp/Jaboticabal.


 


   Leia também:
 
[06/11/2024] - Arroba já se aproxima de R$ 330 em São Paulo
[06/11/2024] - Frigoríficos paulistas pagam mais pelas fêmeas
[06/11/2024] - Disparada do boi já chega na inflação, diz FGV
[06/11/2024] - Frigol registra lucro milionário no trimestre
[06/11/2024] - População rural garantiu vitória de Donald Trump
[05/11/2024] - Agro pode ser afetado pela eleição nos EUA
[05/11/2024] - Produtores rurais dos EUA preferem Trump

Regras para a publicação de comentários


   Notícias Anteriores
 
[05/11/2024] - Brasil não deve tomar partido, diz Wesley Batista
[05/11/2024] - Exportadores continuam precisando comprar boi
[05/11/2024] - Frigoríficos travam as compras em SP
[05/11/2024] - Tendência do boi é de alta, segundo analista
[04/11/2024] - Disparada do boi vai continuar em novembro?
[04/11/2024] - Boi gordo continua subindo em São Paulo
[04/11/2024] - Leite: preço ao produtor deve parar de subir?
[04/11/2024] - Milho: maior valor desde abril de 2023
[01/11/2024] - Governo quer taxar a carne bovina
[01/11/2024] - Escalas de abate estão no menor nível do ano
[01/11/2024] - Arroba tem novo dia de alta em São Paulo
[01/11/2024] - Preço do boi vai continuar subindo em 2025?
[01/11/2024] - Consumo aumenta puxado por repasses do governo
[01/11/2024] - Bancada pede ação do STF para resolver conflitos
[31/10/2024] - Preço do boi subiu 40% desde junho de 2024
[31/10/2024] - Falta de boi se agrava nos frigoríficos
[31/10/2024] - Boi continua acelerando a alta em SP
[31/10/2024] - Produção de carne vai disparar no Brasil, diz MAPA
[31/10/2024] - Minerva vai contestar decisão do Uruguai
[31/10/2024] - Concentração de mercado preocupa pecuária dos EUA
[31/10/2024] - Câmara pode derrubar reforma agrária de Lula
[31/10/2024] - Senadores cobram Alcolumbre sobre marco
[30/10/2024] - Arroba chega perto dos R$ 320 em várias regiões
[30/10/2024] - Frigoríficos continuam procurando boi pronto
[30/10/2024] - Exportações de carne bovina devem bater recorde
[30/10/2024] - Leite: oferta caiu e preço subiu com força
[30/10/2024] - Inflação dispara puxada pela carne bovina
[30/10/2024] - Uruguai barra venda de unidades da Marfrig
[30/10/2024] - FPA promete ação contra invasões de terras
[29/10/2024] - Boi segue em disparada e arroba passa de R$ 320
[29/10/2024] - Boi de Mato Grosso subiu mais que o de SP
[29/10/2024] - Frigoríficos paulistas tentam segurar o boi
[29/10/2024] - Minerva já assumiu unidades compradas da Marfrig
[29/10/2024] - Milho bate recorde de preço em Mato Grosso
[28/10/2024] - Arroba do boi vai continuar subindo?
[28/10/2024] - Falta boi pronto em todo o Brasil
[28/10/2024] - Preço da vaca sobe novamente em SP
[28/10/2024] - Frigoríficos querem atender às novas regras da UE
[28/10/2024] - Milho: preços nas máximas do ano
[25/10/2024] - China já está pagando mais pela carne brasileira
[25/10/2024] - Frigoríficos precisam de boi para exportação
[25/10/2024] - Boi sobe sem freio em São Paulo
[25/10/2024] - Confiança do consumidor cai, segundo a FGV
[25/10/2024] - STF muda entendimento sobre o Código Florestal
[24/10/2024] - Arroba do boi bate os R$ 320
[24/10/2024] - Frigorífico corre atrás de boi em São Paulo
[24/10/2024] - Alta do boi já pesa na inflação da carne no Brasil
[24/10/2024] - Recuperações judiciais triplicaram no Agro
[24/10/2024] - Fávaro anuncia mudanças no crédito rural
[24/10/2024] - Governo demarca sete terras indígenas em SP

     Clique aqui para ver o índice geral de noticias


 

 

 

Adicione seu site Comprar e vender Atendimento ao anunciante Mais buscados

Venda para a pecuária brasileira através da Internet!
Clique aqui e veja como anunciar no Pecuária.com.br