Publicado em 09/08/2024O sistema confinado exige maior gestão de preços e comercialização, devido aos riscos comparados ao sistema a pasto. O confinamento vem ganhando espaço devido a vantagens como melhor acabamento de carcaça e oferta estratégica de animais para abate no segundo semestre.
A engorda de bovinos em confinamento tem se destacado na pecuária brasileira, apesar da predominância de animais terminados a pasto. Entre 2018 e 2023, o volume de animais confinados variou conforme flutuações nos preços de milho e boi magro, alcançando 7,2 milhões de cabeças em 2023. A participação dos confinados no abate nacional caiu de 24,4% em 2021 para 21,3% em 2023, apesar do crescimento inicial impulsionado pela demanda chinesa.
Em 2024, o cenário de custos desafia os confinadores. Relatório do CEPEA indica uma rentabilidade média negativa de 6,34% para confinamentos de 90 dias, com abates em junho. Entretanto, há expectativa de melhora no segundo semestre, com possível rentabilidade de 9,07% para abates em outubro, devido à queda no preço do boi magro.
A arroba do boi magro chegou a R$ 235,03 em julho, com queda de 7,9% em relação ao ano anterior. A margem bruta tende a aumentar em outubro, com destaque para Rio Grande do Sul, Minas Gerais e São Paulo, onde as expectativas de margem bruta são de 18,2%, 14,2% e 12,8%, respectivamente. Estados como Paraná, Pará e Mato Grosso do Sul apresentam as menores expectativas, devido ao aumento nos custos de reposição e confinamento.