Publicado em 05/04/2024A Agrodefesa, após detectar atividades suspeitas no Sistema de Defesa Agropecuário (Sidago), acionou a Polícia Civil, iniciando as investigações que culminaram na execução de 12 mandados de busca e apreensão em Goiatuba, Catalão, Nova Aurora, Campo Alegre de Goiás e Davinópolis. Esta operação, denominada Paper Ox, busca esclarecer a emissão fraudulenta de documentos, incluindo Guias de Trânsito Animal (GTA) para movimentações fictícias de rebanhos em Goiás, entre outras irregularidades documentais.
Os primeiros resultados foram divulgados em coletiva de imprensa pela Polícia Civil em Goiânia, revelando a apreensão de eletrônicos, extratos bancários e documentos relacionados a movimentações de rebanhos e veículos, totalizando mais de R$ 650 mil em bens. Uma servidora pública foi afastada por suposta participação no esquema.
José Ricardo Caixeta Ramos, presidente da Agrodefesa, destacou que a operação começou após a agência notar as irregularidades, com apoio de produtores que reportaram acessos indevidos. Ele enfatizou a importância de produtores protegerem seus dados de acesso ao Sidago, comparando-os à segurança necessária com senhas bancárias.
Thales Feitosa Fonseca, delegado adjunto, explicou que as ações fraudulentas foram principalmente conduzidas por intermediários que obtiveram senhas de produtores, destacando que a operação visa identificar outros envolvidos e os principais beneficiários do esquema. A investigação aponta que houve movimentações indevidas em 46 municípios goianos.
Os delitos investigados na Operação Paper Ox incluem inserção de dados falsos, corrupção e potencial formação de organização criminosa, além de possíveis impactos em sonegação fiscal.