Publicado em 26/01/2021Mato Grosso corre o risco de não ter gado suficiente para o abate a partir deste ano, comprometendo as operações do setor frigorífico que gera mais de 24 mil empregos no estado.
De acordo com Paulo Bellincanta, presidente do Sindicato das Indústrias de Frigoríficos do Estado de Mato Grosso (Sindifrigo-MT) situação semelhante foi vivenciada pelo setor em meados de 2015, quando vários frigoríficos mato-grossenses suspenderam as atividades temporariamente por falta de matéria-prima para o abate.
“A história tende a se repetir, caso não exista imediatamente uma ação direcionada para a equação do problema. A evasão da matéria-prima com a saída de mais de 93 mil animais em único mês representa o abate de nove indústrias de porte médio”, ressalta.
A falta de matéria-prima já é uma realidade sentida na formação de escalas de abate e a tendência é de que se agrave muito mais em 2021, quando faltarão os animais jovens que hoje deixam o estado.
Bellincanta diz que a falta de gado pode ocorrer por causa da diferença tributária na comercialização dos animais vivos de um estado para outro.
Frigoríficos matogrossenses defendem há alguns anos que o gado produzido no estado seja abatido nos frigoríficos locais, pressionando o governo para que os impostos para venda de gado a outros estados sejam aumentados.
Por outro lado, os pecuaristas dizem que esta medida geraria uma reserva de mercado indevida e que os frigoríficos de Mato Grosso conseguiriam manter suas escalas, pagando mais pelo boi. Com informações do Canal Rural.