Publicado em 04/11/2020Em relatório divulgado nesta quarta-feira (04), o BTG Pactual aprovou os resultados do terceiro trimestre da Minerva Foods. Segundo a análise, houve fortes resultados operacionais, margens e execução sólida no trimestre passado.
Os analistas do BTG ressaltaram a receita de R$ 5,1 bilhões no trimestre, valor 6% acima da expectativa prévia e um crescimento 14% no comparativo com 2019.
Já o Ebitda da Minerva de R$ 554 milhões foi 5% superior ao esperado pelos analistas, refletindo a receita mais forte, que cresceu 22% no comparativo com o ano anterior. E também houve uma margem alta, de 10,8%.
Os analistas Thiago Duarte e Henrique Brustolin ressalta o lucro líquido positivo de R$ 59 milhões, mas mais fraco do que a expectativa. Segundo eles, isso foi devido às maiores perdas financeiras em câmbio.
Dividendos pela frente
O recorrente forte fluxo de caixa livre da Minerva de R$ 595 milhões (impulsionado principalmente por uma liberação de caixa de R$ 796 milhões de fornecedores) foi o principal destaque do trimestre, diz o BTG Pactual. Combinado com a taxa Selic, resultado em uma alavancagem líquida de 2,2x. Ou seja, o nível mais baixo em mais de uma década e que deve apoiar pagamentos de dividendos pesados adiante.
Volumes mais fortes da Minerva
A pandemia ainda trouxe impacto nos resultados do terceiro trimestre e, sem dúvida, também reduziu o fornecimento de animais. Mas também mostrou uma melhora importante de 5.2p.p. em relação às mínimas do segundo trimestre, com abate total crescendo 17% no comparativo com o último trimestre de 2020.
A Athena Foods (44% das vendas) apresentou margem Ebitda de 12,1%, enquanto o Brasil teve um desempenho inferior no aumento dos custos do gado. Embora isso possivelmente reflita uma virada de ciclo no país, a gestão ainda trouxe uma mensagem positiva para o quarto trimestre, com a forte demanda externa e a menor competição em carne bovina, que continuam a favorecer os exportadores latino-americanos, diz o BTG Pactual.
A Minerva também antecipou o pagamento de 25% do lucro líquido acumulado no ano em dividendos (com um rendimento de 2,6% até agora), o que reforça a nova política de distribuição de caixa da empresa. Com informações do portal Eu Quero Investir.