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Atualizado em: 19/4/2024 10:01

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Adriano Garcia
MTb 10252-MG

 

Estatizações ameaçam agronegócio da Argentina

 
 
 
Publicado em 17/06/2020

O setor produtivo argentino está com o pé atrás com o governo de Alberto Fernández. Reclama que seu discurso pró-mercado e empresas não condiz com a prática — de maiores restrições cambiais, mais impostos às exportações e expropriação. O governo atual, alertam analistas, tem se mostrado cada dia mais kirchnerista, o que mina tanto o setor produtivo quanto investimentos no médio prazo.

A ideia recente de expropriar a trading agrícola Vicentín é o último de uma série de episódios que mostram que o governo está fazendo muito do que mercado, investidores e produtores temiam durante a campanha eleitoral.

Antes da ideia de passar a empresa para as mãos da estatal YPF Agro, anunciada na semana passada, o governo havia decretado aumento das "retenciones" (impostos às exportações) de soja de 30% para 33%, em março, e restrições para aquisição de divisas por importadores, em maio. Viu crescer tanto a indisposição de exportadores agrícolas quanto a de importadores.

“Vínhamos desde o início com o freio de mão puxado em relação a esse governo, porque sabíamos que nele há um núcleo kirchnerista que já havia lançado políticas contrárias ao campo”, afirma Daniel Pelegrina, presidente da Sociedade Rural da Argentina.

“Quando nos reunimos com o presidente, sua mensagem sempre foi em prol das empresas e mercado, mas o episódio da Vicentín mostra guinada surpreendente. O que eram balões de ensaio agora são avanços não apenas contra o setor agrícola, mas todo o empresariado.”

Para Pamela Ramos, da consultoria Oxford Economics, o governo tem dado sinais preocupantes de maior intervenção na economia. “No início, classificamos Fernández como moderado, com políticas menos draconianas do que as impostas pela ex-presidente [e atual vice] Cristina Kirchner. Mas a intervenção da Vincentín, que ainda não se concretizou, e restrições a importadores dão ao governo perfil muito mais kirchnerista.”

O contexto atual de pandemia acabou contribuindo para o governo intervir mais e servindo de justificativa para medidas que, fora de uma crise, talvez não fossem toleráveis, afirma Alberto Ramos, do banco Goldman Sachs. Além de políticas que mudaram o humor dos produtores com o governo, ele acrescenta “um processo de emissão monetária agressivo”.

“Nada disso é bom”, diz Ramos, ao citar observadores locais que alertam para maior envolvimento de Cristina na política macroeconômica. “O único que parece razoável é o processo de renegociação da dívida com credores privados, no qual o governo tem mostrado certa flexibilidade, diferentemente da postura de anos atrás.”

A influência da vice-presidente nas decisões é difícil de mensurar, mas é crescente a desconfiança sobre a capacidade do presidente para impor seus limites, diz Marcos Novaro, da Universidade de Buenos Aires. “Fernández parece não ter reflexo para se opor a ela ou para impor seu modo de fazer as coisas”, diz, ao argumentar que a ideia da expropriação da trading veio da ala kirchnerista. “Hoje o governo parece ter um grupo de albertistas sem rumo e uma massa de kirchnerista com um projeto claro.”

Para Novaro, Fernández foi mudando e hoje mostra disposição maior para se opor ao mercado. Sinal disso, diz, é o fato de entidades empresariais, até então caladas, se voltarem contra seu governo.

Como fizeram recentemente importadores e representantes do setor manufatureiro. No fim de maio, o Banco Central argentino anunciou diretriz pela qual importadores tinham de quitar dívidas comerciais com dólares em caixa para então poder comprar novas divisas com aval da autoridade monetária. Além disso, impôs limite de US$ 250 mil para operações comerciais até fim de junho. O argumento era que a medida estimularia a produção nacional. Importadores, no entanto, argumentam que 80% do total importado é usado para produzir.

“A medida foi um gol contra o setor produtivo. Mudou fortemente o humor com o governo. Não conheço nenhuma fábrica na Argentina que possa viver sem produto importado. De nenhum ramo”, afirma Ruben García, presidente da Câmara de Importadores da República Argentina (Cira).

García e o presidente da União Industrial Argentina (UIA), Miguel Acevedo, protestaram, e o governo voltou atrás. Flexibilizou o limite para US$ 1 milhão.

Pequenas e médias empresas

No setor de pequenas e médias empresas, no entanto, a indisposição com o governo parece menor. “Hoje o pequeno empresário está preocupado em como pagar salários, contas, e o que fazer para não ter de fechar”, diz Vicente Lourenzo, da Comissão Problemática de Pequenas e Médias Empresas, do Conselho Profissional de Ciências Econômicas de Buenos Aires. “Para esse setor, o que o governo fez foi ajudar, pagando 50% dos salários e assistindo os mais vulneráveis."

Além de asfixiar o setor produtivo, as medidas recentes podem minar a confiança, o que impacta negativamente decisões de investimento, alertam analistas. “Um grande desafio de Fernández, quando assumiu, era ganhar confiança dos investidores e exportadores. Mas esses tipos de políticas fazem o contrário, e a Argentina deixa de parecer um destino atrativo para investimento”, diz Pamela.

Gabriel Brasil, da consultoria Control Risks, afirma que já "é bastante evidente o aumento da aversão ao risco de investidores estrangeiros em relação ao país, tanto para o curto como o médio prazo". "Temos clientes reticentes em fazer investimentos, por exemplo, em projetos de maturação mais longa, como no setor de mineração”, afirma. “Isso agravará ainda mais a já delicada situação da Argentina, pois sabemos que a confiança dos investidores será um fator importante dentro das perspectivas de recuperação econômica em 2021."

Após queda anual de 5,4% da atividade no primeiro trimestre, a Argentina deve contrair-se 16,7% no segundo trimestre e 8,8% no ano, segundo a Oxford Economics.

Analistas descartam um cenário de mais expropriações, como a Vicentín, com mais de US$ 1,3 bilhão em dívidas. A imprensa argentina, no entanto, especula que companhias com grandes dívidas nos bancos, como a produtora da farinha Pureza e a de óleo Cañuelas, podem ser as próximas.

“O governo diz que o que ocorreu com a Vicentín é algo isolado, mas não acreditamos”, diz Pelegrina. “Para nós, pode ser um antecedente do que está por vir a empresas de todos os setores.” Com informações do Valor.
 


 


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