Publicado em 01/04/2020Parte do rebanho de bovinos de Mato Grosso passará a integrar a primeira Zona Livre de febre aftosa sem vacinação com animais mato-grossenses, conforme o protocolo Plano Estratégico 2017-2026 do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PE-PNEFA). A região delimitada é composta pelos municípios de Rondolândia, parte de Colniza e algumas propriedades de Juína, Comodoro e Aripuanã.
A decisão foi tomada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), em reunião realizada em 19 de março, em Manaus. A deliberação vai beneficiar um rebanho aproximadamente de 300 mil cabeças, que já realizaram sua última vacinação em novembro de 2019.
A região mato-grossense faz parte de uma zona adjunta ao Bloco I, formado pelos estados do Acre e Rondônia e parte do Amazonas, e a ação se estende ao rebanho do Paraná e Rio Grande do Sul, entes beneficiados pelo Plano Estratégico 2017-2026 do Programa Nacional de Erradicação e Prevenção da Febre Aftosa (PE-PNEFA), criado para manter as condições sustentáveis que visam garantir o status sanitário de país livre de febre aftosa e ampliar as zonas livres sem vacinação.
Conforme a diretora executiva da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Daniella Bueno, “é importante que neste momento todos os pecuaristas do Estado que estão inseridos na Zona livre do Bloco I sejam devidamente informados sobre os próximos passos a seguir, como a não vacinação dos animais na etapa de maio e sobre o impedimento de se movimentar animais vacinados de outras regiões do Estado e do país para suas propriedades”.
Segundo a assessoria do Mapa, nesses estados, as ações necessárias para evolução com segurança para a condição de zona de livre de febre aftosa sem vacinação apresentam bom nível de execução. Diante deste cenário, no Paraná, a última vacinação ocorreu em maio de 2019 e no Rio Grande do Sul, a última vacinação deve acontecer nos meses de março e abril deste ano.
Mato Grosso é o estado brasileiro que detém o maior rebanho de bovinos do País, com cerca de 30 milhões de cabeças.
O Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária (SDA) e os integrantes do Bloco acordaram com a suspensão da vacinação, com a última etapa ocorrendo em novembro de 2019.
A expectativa é o reconhecimento pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) desses estados como zonas livres de febre aftosa sem vacinação em maio de 2021. Para isso, deverão ser conduzidas atividades que visam demonstrar a implantação na região de medidas de vigilância compatíveis com o status de livre sem vacinação.
No Bloco I, em particular, a nova avaliação do Mapa ocorrerá em agosto, com objetivo de decidir se o pleito de reconhecimento a ser encaminhado à OIE abarcará o Bloco em sua totalidade ou em parte. O Ministério está trabalhando com os estados envolvidos para que o Bloco siga de forma conjunta, desde que atendidos os requisitos pactuados no PE-PNEFA. Com informações do Diário de Cuiabá.