Publicado em 15/03/2012MARCO AURÉLIO BERGAMASCHI
Publicado na Folha de S. Paulo - 15/03/2012
O bom gerenciamento da propriedade é fator determinante para obtenção de lucratividade na atividade leiteira. No entanto, o controle econômico, fundamental para orientar a tomada de decisões e avaliar o resultado dos recursos aplicados, não garante a viabilidade.
Resultados econômicos positivos na produção leiteira estão fundamentados no tripé uso adequado de recursos financeiros, intensificação do uso da área e desempenho zootécnico.
O controle zootécnico tem grande importância no sucesso do negócio. Mas apenas uma pequena parcela de produtores mantém registros para avaliar o desempenho dos animais e da área usada para manutenção do rebanho.
É muito comum observar propriedades com alta lotação ( número de animais por área), reflexo da elevada produtividade advinda do manejo adequado das pastagens e de outras culturas destinadas para a alimentação animal, mas que ainda continuam trabalhando no “vermelho”.
Um bom parâmetro para avaliar a atividade leiteira é calcular o número de vacas em lactação por hectare usado na atividade. Esse índice considera a eficiência dos seguintes fatores: uso da pastagem, porcentagem de vacas no rebanho, porcentagem de vacas em lactação, manejo reprodutivo, alimentação e especialização da raça usada ( genética da vaca).
Para obter índice adequado, é necessário manejar intensivamente o pasto para aumentar a lotação. Para tanto, práticas como a correção do solo, a adubação e a irrigação são recomendadas.
Vacas especializadas são mais produtivas e permanecem em lactação por mais tempo. O rebanho pode ser formado mediante aquisição de animais provenientes de raças leiteiras, ou melhorado por meio de programas de acasalamento, ou de inseminação artificial.
É tecnologia testada e aprovada. Disponível e ao alcance do produtor.
MARCO AURÉLIO BERGAMASCHI é veterinário, doutor e responsável pelo Sistema de Leite da Embrapa Pecuária Sudeste ( São Carlos - SP).