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Quadrilha de roubo de gado age em Campo Grande
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Publicado em 28/11/2007 Utilizando até cinco caminhões e peões a cavalo, quadrilha especializada em furto de gado vem atacando propriedades rurais em Campo Grande e municípios vizinhos. A forma de agir dos bandidos demonstra que eles contam com apoio de abatedouros clandestinos.
Na quinta-feira da semana passada, por exemplo, quadrilha utilizou dois caminhões e peões a cavalo para atacar a Fazenda Coração de Jesus, situada na saída para São Paulo. Os criminosos chegaram por volta das 21h, arrombando duas porteiras. Eles conseguiram levar 37 cabeças, avaliadas em aproximadamente R$ 37 mil.
O pecuarista Luiz Carlos Pereira, 34 anos, reclama que há necessidade de o Governo do Estado investigar os abatedouros clandestinos que existem na Capital, pois caso contrário será difícil descobrir quem está por trás destes criminosos. "O Estado depende da pecuária. Precisamos de mais segurança. Por meio do sindicato, pretendemos nos reunir com o secretário de Segurança, colocar esse problema", informou. Ele lembra que o Estado chegou a contar com uma delegacia especializada em roubo de gado nos ano 90 e isso conseguiu inibir a ação dos criminosos.
Em setembro, a quadrilha roubou 42 cabeças de gado da Fazenda Três Irmãos, situada na BR-163, a 12 quilômetros do Distrito de Anhanduí, pertencente a Orlando Chweszczuk, 63 anos. De acordo com seu depoimento na delegacia, vizinhos viram um cavaleiro levando o seu gado.
Outra vítima foi José Antonio Martins Ribeiro, 47 anos, proprietário da Chácara Novo Horizonte, localizada na saída para São Paulo. Os criminosos cortaram a cerca de sua propriedade e roubaram várias cabeças de gado, cuja quantia não foi especificada.
Camapuã
Em Camapuã, uma das vítimas foi o pecuarista Celso Pess Junior. Sua propriedade foi atacada em julho deste ano. Na oportunidade, os criminosos chegaram com cinco caminhões e cavalos, furtando 93 cabeças de gado, representando um prejuízo de R$ 85 mil. "Minha propriedade fica a 150 metros da rodovia. Acredito que os criminosos têm conhecimento da pecuária e agem com a certeza que vão conseguir abater o gado rapidamente.
Na região de Camapuã, em maio deste ano, os criminosos também atacaram a propriedade rural arrendada pela Agropecuária São Miguel da Catequese. Segundo o empresário João Luis Mella, os criminosos roubaram 60 animais. Ele não soube precisar se a ação foi de dia ou à noite, tendo em vista que o furto foi praticado em época de feriado, a propriedade fica situada à beira de rodovia e não havia ninguém no local.
"São todos gados prontos para o abate. Isso demonstra que eles realizam uma sondagem antes de praticar o crime", lembra o pecuarista Celso Pess. Não bastasse o prejuízo com o furto de seus animais, o produtor foi surpreendido com a cobrança por parte do Governo de R$ 2,3 mil referente à cobrança do ICMS dos animais que foram levados pelos criminosos. "Isso é um absurdo. Não vou pagar. Quero que eles descubram quem roubou meu gado", protesta. Com informações do Correio do Estado/MS. |
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