Publicado em 09/01/2020As exportações de carne bovina de Mato Grosso do Sul registraram alta de 21,4% em faturamento no ano passado. O valor ficou em US$ 776,6 milhões ou pouco mais de R$ 3 bilhoes diante de US$ 641,1 milhões de 2018. A maior demanda de carnes no mercado mundial e posicionamento de MS no ranking de exportadores no País ajudaram nos números.
“Os números mostram que o foco necessário para o Estado está na agregação de valor para exportação. É a linha que queremos adotar. Processar mais as matérias primas internas para que elas possam sair semielaboradas ou elaboradas, como é a celulose. Nas carnes tornar o MS livre de febre aftosa para que a gente conquiste novos mercados, inclusive com a suinocultura”, destaca o titular da Semagro (Secretaria de Estado da Produção), Jaime Verruck.
No Brasil as vendas também tiveram recorde de volume e faturamento em 2019, após forte demanda da China alavancar as vendas brasileiras de proteínas, disse no início da semana a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec).
O Brasil terminou o ano passado com 1,847 milhão de toneladas de carne bovina exportadas, avanço de 12,4% na comparação anual, e receita de 7,59 bilhões de dólares, alta de 15,5% versus 2018, segundo os dados da Abiec.“Os números demonstram o quanto a carne brasileira é bem aceita e tem boa competitividade no exterior”, disse em nota o presidente da Abiec, Antonio Jorge Camardelli.
China - Em 2019, a China se consolidou como maior compradora da carne bovina brasileira, com uma fatia de 26,7% no volume embarcado, afirmou a entidade.
Dessa forma, as exportações para o país asiático saltaram 53,2% em volume e 80% em receita na comparação com 2018, para 494.078 toneladas e 2,67 bilhões de dólares.
Os dados fornecidos pela Abiec quanto à China não contabilizam as vendas para Hong Kong, segundo principal mercado da proteína brasileira, que somaram 342.874 mil toneladas em 2019 —retração de 13,1% contra 2018.
A China enfrentou graves surtos de peste suína africana em 2019, que fizeram com que sua enorme criação de porcos recuasse em cerca de 40% e levaram o país a acelerar suas importações de proteínas.
Assim, além do recorde para a carne bovina, as exportações de carne suína do Brasil também atingiram máxima histórica em 2019, conforme dados divulgados pela Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA). Com informações do Campo Grande News.