Publicado em 13/08/2019O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) trabalha para que até o final de agosto estejam concluídas uma série de ações que devem resultar na MP do Agro – Medida Provisória do Agronegócio. Elas devem incluir linhas de financiamento para construção de armazéns para cerealistas; formas de o produtor dar em garantia de pagamento de apenas uma parte de sua propriedade; fundo de aval fraterno para grupos de agricultores e diversos instrumentos de estímulo a mecanismos de capitalização, como Cédula do Produtor Rural (CPR).
A informação foi dada pelo diretor de Financiamento e Informação da Secretaria de Política Agrícola do Mapa, Wilson Vaz de Araújo, durante palestra na abertura do Congresso Andav – Fórum e Exposição, nesta segunda-feira (12), em São Paulo.
O representante do Mapa também falou sobre os esforços para aprimorar a política pública de crédito e financiamento. Como exemplo, citou a destinação de R$ 1 bilhão para o seguro rural no Plano Safra 2019/2020. No total, o plano alocou R$ 225 bilhões para atender pequenos, médio e grandes produtores no ciclo agrícola iniciado recentemente.
Wilson Araújo detalhou ainda as projeções de longo prazo para a agricultura, que prevê uma produção de cerca de 300 milhões de toneladas de grãos em 2029. Ele também negou que o agricultor brasileiro receba muitos subsídios. “Um estudo elaborado pela OCDE [Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico] revelou que enquanto no Brasil o apoio ao produtor representa apenas 1,5% do VBP (Valor Bruto de Produção), nos Estados Unidos é de 12%, na União Europeia chega a 20% e atinge 40% no Japão, 50% na Coreia e 62% na Noruega. “Estamos muito distantes de ser o país que mais oferece subsídio”, assinalou o palestrante. Com informações da assessoria de imprensa da ANDAV.