Publicado em 08/08/2019Em depoimento à CPI do BNDES, o empresário Silmar Bertin negou ter havido influência política e negociações escusas nas transações de sua empresa, o Frigorífico Bertin, com o banco, durante os governos do PSDB e do PT.
“Todo o processo nosso sempre foi colocado para a equipe do BNDES, sempre foi discutido, e nunca teve propina, nunca teve pressão nenhuma de a gente pagar alguma coisa pra eles”, revelou. O frigorífico foi comprado pela JBS em uma transação que envolveu empréstimos feitos junto ao BNDES.
Explicações de Silmar Bertin não convenceram deputados
Os deputados ouviram Bertin nesta quarta-feira (7) para investigar se houve fraudes praticadas pelas empresas envolvidas nessa transação.
O presidente da CPI, deputado Vanderlei Macris (PSDB-SP), acredita que dinheiro do BNDES foi usado para financiar campanhas políticas e disse que as provas e indícios de crimes cometidos junto ao banco serão encaminhados para o Ministério Público. "O nosso objetivo, é claro, não é julgar ninguém. Até porque a CPI não julga, ela investiga a presença, indícios de irregularidade, de crimes, problemas que aconteceram nesse processo", explicou.
A investigação mais aprofundada, conforme o deputado, será feita pelo Ministério Público. "Que evidentemente vai condenar os envolvidos nessa grande trama que nós estamos vendo aí que aconteceu no BNDES".
A CPI volta a se reunir no dia 13 deste mês para ouvir Dario Messer, que foi preso pela operação Lava-Jato recentemente e é chamado de "Doleiro dos Doleiros". Com informações da Agência Câmara.