Publicado em 15/02/2019O Ibovespa oscila hoje com um volume financeiro vigoroso, mais forte do que o normal para o horário, mas com um desempenho ainda dividido entre a pressão por realização de lucros e o ânimo injetado pelas novidades da reforma da Previdência.
Às 12h35, o Ibovespa tinha queda de 0,36%, aos 97.658 pontos, depois de tocar os 98.238 pontos na máxima desta manhã e os 97.309 pontos na mínima. O giro financeiro já soma R$ 3,9 bilhões.
No exterior, os sinais são de um dia mais calmo, embora lá fora o ambiente também esteja sem direção definida por enquanto. Os contratos futuros em Nova York operam de lado, enquanto os preços do petróleo têm alta moderada.
Segundo Glauco Legat, analista-chefe da Necton, a indicação da idade mínima na reforma da Previdência foi muito bem recebida ontem pelo mercado, mas o que poderia vir de incentivo sobre o conteúdo da reforma parece já ter sido precificado.
"Ainda temos como um pano de fundo o risco político envolvendo denúncias contra membros do governo e a aprovação da reforma em si no Congresso. Embora o mercado acredite que ela vá passar, o trabalho do governo para isso será muito árduo", afirma ele.
O setor de frigoríficos é um dos destaques desta manhã, depois da oficialização do acordo de preços mínimos entre empresas exportadoras de frango do brasil e o governo da China. A Marfrig ON (3,23%) e a BRF ON (1,27%) operam entre as maiores altas do Ibovespa.
Segundo Legat, a BRF é a empresa que mais incorpora o benefício da notícia, porque está na lista das 14 companhias brasileiras que poderão exportar à China com um preço mínimo. Mas a notícia anima outras companhias que não são diretamente afetadas porque anima o setor como um todo, o que explica a Marfrig pegar carona no desempenho e avançar.
A EDP Energias do Brasil (0,75%) também é destaque entre as altas do Ibovespa. Os investidores ainda repercutem a notícia de que o fundo americano Elliott Management sugeriu à Energias de Portugal (EDP), controladora da companhia brasileira, que não aceite a oferta pública para aquisição de ações (OPA) da estatal China Three Gorges (CTG). O Elliott sugeriu que a empresa portuguesa, ao invés disso, venda a subsidiária brasileira. Com informações do Valor.