Publicado em 13/02/2019O ritmo de crescimento dos abates de bovinos perdeu força no país no quarto trimestre, conforme dados preliminares divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Entre outubro e dezembro, 8,1 milhões de cabeças de gado foram abatidas, crescimento de 0,4% ante igual intervalo de 2017. Até então, os abates vinham registrando uma taxa de crescimento anual superior a 3%, reflexo da maior oferta de gado. Recentemente, alguns analistas começaram a apontar que o ciclo estaria se revertendo, o que poderia resultar em oferta mais restrita de gado para os frigoríficos.
Graças ao maior peso médio dos bovinos, os abates renderam 2,05 milhões de toneladas de carcaças, aumento de 0,9% sobre o quarto trimestre de 2017. Na mesma base de comparação, as aquisições de couro pelos curtumes aumentaram 2%, a 8,9 milhões de peças.
Na indústria de carne suína, os abates voltaram a crescer no quarto trimestre, conforme o IBGE. No período, os abates de suínos somaram 11,1 milhões de cabeças, volume 0,4% superior ao registrado em igual período de 2017. Apesar disso, o preço menor das carcaças provocou a redução da produção de carne suína. No quarto trimestre, os abates renderam 970,5 mil toneladas de carcaças de suíno, queda de 1,5%.
No setor avícola, a crise decorrente dos embargos internacionais e dos preços mais altos dos grãos ainda teve reflexo. Segundo o IBGE, os abates de frangos somaram 1,4 bilhão de cabeças no quarto trimestre, queda de 0,9% na comparação anual. Esses abates renderam 3,34 milhões de toneladas em carcaças, diminuição de 0,5% ante igual intervalo de 2017.
Por outro lado, os avicultores de postura aumentaram a produção. Entre outubro e dezembro, a produção de ovos de galinha foi de 928,4 milhões de dúzias, a maior na série da pesquisa do IBGE. Trata-se de um aumento de 8,2% ante as 858,2 milhões de dúvidas reportadas no último trimestre do ano anterior.
No relatório preliminar, o instituto também divulgou os dados sobre a aquisição de leite cru pelos laticínios. No quarto trimestre, foram 6,7 bilhões de litros, aumento de 2,5% ante o mesmo intervalo de 2017. Com informações do Valor.