Publicado em 17/09/2018Foram soltos neste domingo 13 presos na operação Vostok, realizada na semana passada pela Polícia Federal. O ministro Felix Fischer, do STJ, decidiu não prorrogar a prisão temporária, que expirou.
Dos 14 alvos da operação, só o corretor José Carlos Guitti Guimaro não se apresentou.
Entre os presos pela Polícia Federal, estava o deputado estadual de Mato Grosso do Sul, Zé Teixeira (DEM), o ex-prefeito de Porto Murtinho, Nelson Cintra, e o filho do governador do MS, Reinaldo Azambuja (PSDB), o advogado Rodrigo Sousa e Silva, além de pecuaristas e empresários. Os presos estavam espalhados pelo presídio militar e em delegacias de Polícia Civil de Campo Grande.
Deflagrada na quarta-feira, 12 de setembro, a Vostok cumpriu 41 mandados de busca e apreensão e 13 de prisão temporária, como parte das investigações de um esquema que teria concedido créditos irregulares à empresa JBS, controlada pela J&F, dos empresários Joesley e Wesley Batista.
A investigação - A Vostok teve início com a delação premiada dos irmão que apontaram a existência de um esquema de pagamentos por meio de notas frias destinadas ao atual governador, valendo-se de Tares (Termos de Acordo de Regime Especial). O sistema teria surgido na gestão do ex-governador Zeca do PT, sendo mantido nas de André Puccinelli (MDB) e de Azambuja.
Mais de 220 policiais foram mobilizados para cumprir os mandados, na semana passada. A operação decorre de inquérito no STJ (Superior Tribunal de Justiça) sobre as denúncias da J&F de troca de incentivos fiscais por propinas em Mato Grosso do Sul.
Segundo despacho do ministro Felix Fischer, ao qual o Campo Grande News teve o acesso, o Ministério Público Federal aponta um esquema de pagamentos de propinas da empresa do ramo frigorífico a políticos era dividido em três núcleos e rendeu lucro de ao menos R$ 67.791.309 aos denunciados. As fraudes teriam somado prejuízo de R$ 209 milhões ao Estado entre 2014 e 2016.
A Operação Vostok apurou ainda que as fraudes causaram prejuízo de R$ 209 milhões aos cofres estaduais, entre 2014 e 2016. Com informações do Campo Grande News.