Publicado em 19/07/2018Quatro agentes públicos que atuavam na regional do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) em Londrina, no norte do Paraná, foram demitidos.
Os servidores foram investigados pela Operação Carne Fraca, deflagrada pela Polícia Federal. A informação sobre as demissões foi publicada no Diário Oficial da União desta quinta-feira (19).
O órgão ainda suspendeu por 90 dias outro funcionário público.
Foram demitidos:
Gércio Luiz Bonesi, que atuava como auditor fiscal agropecuário
Sidiomar de Campos, agente administrativo
Juarez José de Santana, que na época da operação era chefe da unidade técnica da Regional da Agricultura de Londrina
Luiz Carlos Zanon Júnior, que atuava como auditor fiscal.
A suspensão foi aplicada ao agente de inspeção Luiz Alberto Patzer.
A defesa de Sidiomar de Campos e Juarez José de Santana, o advogado Anderson Felipe Mariano, informou que vai recorrer da decisão na Justiça Federal. Mariano afirma que a autoridade que presidiu o Processo Administrativo Disciplinar (PAD) era incompetente para o exercício da função.
"O Juarez tem nível superior de escolaridade, e deveria ter o processo analisado por um servidor na mesma escolaridade. Nesse caso, quem presidiu o PAD tem nível de escolaridade médio, e isso não pode", disse.
O G1 tenta contato com as defesas dos demais ex-servidores.
A Operação Carne Fraca foi deflagrada em março de 2017 pela Polícia Federal (PF). A ação desmontou um esquema de funcionários do Ministério da Agricultura que teriam recebido propina para liberar carne para venda sem passar por fiscalização adequada.
Conforme a PF, o esquema que envolvia funcionários do órgão federal de Goiás, Minas Gerais e Paraná. As investigações descobriram que o esquema também envolvia funcionários de alguns frigoríficos.
Operação ainda teve duas fases, a segunda foi deflagrada em maio de 2017, batizada de "Antídoto", e a terceira em março deste ano. Essa etapa foi conhecida como Operação Trapaça, e teve como alvo quatro fábricas.
Conforme a Justiça Federal, ainda não há condenações de acusados da operação até está quinta-feira (19).
Quatro servidores demitidos violaram regras estipuladas pelo Regime Jurídico dos Servidores Públicos Civis da União, a lei 8.112/90, conforme o Mapa. Os demitidos ainda estão proibidos de retornar ao serviço público federal.
Veja os motivos das demissões, conforme o Mapa:
Gércio Luiz Bonesi - corrupção, infrigiu regras ao valer-se do cargo para proveito pessoal, utilizou ilegalmente pessoal ou recursos materiais para atividades particulares e improbidade administrativa;
Sidiomar de Campos - corrupção e infringiu regras ao valer-se do cargo para proveito pessoal e utilizou irregularmente pessoal ou recursos materiais para atividades particulares;
Juarez José de Santana - corrupção, improbidade administrativa e por valer-se do cargo para proveito pessoal e utilizar ilegalmente recursos materiais para atividades particulares;
Luiz Carlos Zanon Júnior - improbidade administrativa, corrupção e também por valer-se do cargo para proveito pessoal e utilizar ilegalmente recursos materiais para atividades particulares.
Com informações do G1.