Publicado em 18/09/2017Desde a prisão dos irmãos Joesley e Wesley Batista, bancos e investidores começaram a se movimentar sobre uma possível venda de controle da empresa de alimentos JBS. A revista Exame apurou que a gestora de private equity Brookfield tem interesse na aquisição e já começou a avaliar a companhia para uma possível proposta.
“A JBS não é uma empresa com forte geração de caixa, mas o fundo entende que pode ser uma oportunidade em segurança alimentar”, diz uma pessoa com conhecimento do assunto.
Fundos soberanos árabes e chineses estão sendo incitados por bancos credores a também avaliarem a empresa, mas teriam interesse em ativos específicos. A Exame apurou que a gestora privada chinesa Fosun também foi sondada e não se interessou.
Há pouco mais de um mês, os bancos chegaram a um acordo de reperfilamento de dívida com a JBS, resolvendo a questão de liquidez no curto prazo — mas não concederam linhas novas de crédito.
Em bolsa, a participação dos Batista na JBS vale hoje 10 bilhões de reais (sem contar o prêmio de controle).
Uma outra empresa do grupo Brookfield, a subsidiária de energia, negocia a compra de linhas de transmissão da Âmbar, também do grupo J&F.
Procurada, a Brookfield nega e diz que são especulações; a Fosun não comenta especulações e a JBS diz que “não há nenhuma negociação envolvendo seu controle.” Com informações da revista Exame.