Publicado em 07/08/2017Produtores de milho de segunda safra do paraná reclamam do preço. O jeito é segurar o produto para vender mais tarde. Na propriedade de Jurandir Tomazzi, em Corbélia, no oeste do Paraná, todo o milho plantado já foi colhido. O produtor agora faz contas. “Não existe este preço. É dois, três reais abaixo do preço mínimo. Hoje não tem conta que você faz da porteira pra dentro que te pague.”
Esta é uma dor de cabeça comum a muitos agricultores que plantaram milho na safra de inverno. Na primeira semana de agosto no ano passado, que foi uma safra de quebra, o saco de 60 kg de milho no oeste do Paraná, estava custando R$ 37,50 no balcão. Hoje, o valor é de R$ 17.
“No ano passado vivemos situação totalmente atípica, com quebra de safra de verão e de inverno e um grande comprometimento nas exportações. Portanto, houve uma escassez absoluta de disponibilidade interna. Esse ano é o inverso: temos uma safra cheia de verão e inverno e uma produção recorde no brasil acima de 100 milhões de toneladas”, explica o analista de mercado Camilo Motter.
Com o preço baixo os produtores decidiram esperar. Estão sem pressa para vender a produção que foi colhida no campo nas últimas semanas. Com isso, os silos estão cheios de milho.
É o que acontece na fazenda do Carlos Eduardo Kassem, em Cascavel, também no oeste do Paraná. “O que a gente pode fazer é aguardar e esperar que ele melhore dois ou três reais, para que a gente consiga ganhar no volume.”
Segundo o DERAL, Departamento de Economia Rural do Paraná, até agora apenas 19% do milho da safra de inverno foi vendido. Com informações do Globo Rural.