Cotações Mapas Notícias em seu e-mail
Precisa vender? Mais de 6.000 visitantes diariamente esperam pelo seu produto aqui no Pecuaria.com.br. Clique aqui e veja como e facil anunciar!
Arroba do Boi - R$ (À vista)
SP MS MG
230,00 218,00 213,00
GO MT RJ
213,00 212,00 213,00
Reposição - SP - R$
Bezerro 12m 1740,00
Garrote 18m 2115,00
Boi Magro 30m 2520,00
Bezerra 12m 1360,00
Novilha 18m 1670,00
Vaca Boiadeira 1915,00

Atualizado em: 19/4/2024 10:01

Cotações da Arroba: SP-Noroeste, MS-Três Lagoas, MG - Triângulo, GO - Região Sul, MT - Rondonópolis, RJ-Campos
Clique aqui e veja cotações anteriores

 

 

 

 


 
Receba, diariamente, em seu
e-mail nosso boletim com os assuntos que mais interessam
ao profissional do setor.

Clique aqui e inscreva-se gratuitamente.


Adriano Garcia
MTb 10252-MG

 

Confinamento menor deve ajudar a saída da crise

 
 
 
Publicado em 17/07/2017

A redução do confinamento bovino deve “enxugar” a oferta de carne no mercado, assim como um possível aumento na exportação de carne também provocaria uma redução na oferta interna. Essa é a opinião do presidente do Conselho de Administração da Associação Nacional da Pecuária Intensiva (Assocon), Alberto Pessina, a respeito dos benefícios primários relacionados à diminuição do confinamento como solução paliativa para a atual crise no setor pecuário brasileiro.

Com o cenário desgastado nos últimos 18 meses, que vão desde a fragilidade da demanda interna, a desvalorização do real no final de 2016, o encarecimento dos insumos, ao aumento da oferta, à Operação Carne Fraca, à volta da cobrança do Funrural, à delação dos executivos da JBS, até a recente suspensão das importações de carne in natura pelos Estados Unidos, a pecuária nacional se viu “atolada em uma avalanche de problemas”, enumera o executivo, em entrevista à equipe da SNA/SP.

Segundo Pessina, além disso, com escalas de abate relativamente longas em todo o país, especialmente considerando os frigoríficos de menor porte, não há no horizonte uma perspectiva de redução na oferta, que possa aliviar a pressão nos preços.

De acordo com ele, é preciso entender que a demanda tem um peso maior na formação de preços do que a oferta: “Se considerarmos o cenário atual, também estamos tendo uma pressão de queda na demanda (por carne bovina), principalmente no mercado interno. Por este motivo, uma redução de oferta em um cenário de retração de demanda, possibilita uma menor reação nos preços do que um cenário com forte demanda”.

PRESSÃO DOS PREÇOS DO BOI GORDO

Para Pessina, a pressão dos preços do boi gordo impacta diretamente na margem de lucro do pecuarista, pois representa 100% da receita da engorda. Isso é diferente de uma redução nos custos da ração, que impactam apenas 25% da margem, ou de uma redução dos preços no boi margo, que tem um impacto de 60%.

“Por esse motivo, a queda nos preços das vendas é muito mais impactante na margem de lucro do produtor do que uma queda no preço dos insumos”, enfatiza o executivo, acrescentando que o governo federal precisa, urgentemente, tomar medidas para socorrer a produção e aliviar as pressões nos produtores, “que há dois anos já vêm sofrendo os efeitos da queda na demanda e do aumento nos custos”.

“Cerceado no mercado internacional por barreiras não alfandegárias, com dificuldades de credibilidade do elo industrial, acrescido da redução do poder de compra da população, a cadeia produtiva da carne entrou em desequilíbrio, com oferta maior do que a demanda”, afirma o diretor técnico da Sociedade Nacional de Agricultura (SNA) Alberto Werneck de Figueiredo, secretário Municipal de Agricultura de Resende (RJ).

Segundo ele, como o boi não é uma mercadoria que possa ser deixada na prateleira indefinidamente - porque tem momento certo para o abate econômico - a retração nos valores de comercialização do boi gordo faz com que os criadores precisem parar de repor os respectivos estoques de bezerros, provocando nos produtores dos respectivos bezerros também um represamento, cuja solução única é o abate de matrizes.

“Esse abate amplia a oferta de animais no mercado já combalido, agravando ainda mais a crise”, diz Figueiredo.

Diretor da Federação de Agricultura do Mato Grosso (Famato) e presidente do Sindicato Rural de Juína, em Mato Grosso, José Lino Rodrigues destaca que, na categoria dos machos, cerca de 60% dos animais estão represados na região, mas nas fêmeas, esse percentual é superior.

“Não temos para quem vender. Em Mato Grosso do Sul, há uma grande concentração da JBS e poucos têm coragem de entregar no prazo. Os animais estão passando de 22 arrobas e começamos a ser remunerados com preço de vaca. Alguns produtores estão vendendo animais de 17 arrobas para terminar no confinamento, mas as opções são restritas”, relata Rodrigues.

OUTRAS SOLUÇÕES

O presidente do Conselho de Administração da Assocon acredita que o problema de concentração de plantas frigoríficas pode ser aliviado com a facilitação das negociações entre os Estados brasileiros, tendendo a melhorar a utilização da capacidade instalada no país, e ainda aliviaria as regiões produtoras com altas concentrações.

Na opinião de Pessina, o problema da demanda fraca por carne é uma questão mais complicada, no entanto, algumas medidas podem ser tomadas para aliviar esse problema, como facilitar e incentivar as exportações.

“O mercado externo está se recuperando e, provavelmente, demandará mais carnes e alimentos. Assim, o governo (brasileiro) poderia gerar incentivos para que as agroindústrias de médio e pequeno porte pudessem voltar a exportar e recuperar uma parte desse mercado”, sugere o executivo, acrescentando que as linhas de crédito para exportação poderiam ser facilitadas às empresas, voltando a incentivar a entrada delas no mercado internacional.

Outra medida, conforme Pessina, seria a redução de impostos, aliviando as margens “para que o produtor volte a ter resultado positivo, ou a melhora dos preços ao consumidor final, principalmente no mercado interno”.

“O governo (brasileiro) poderia gerar incentivos para que as agroindústrias de médio e pequeno porte pudessem voltar a exportar e recuperar uma parte desse mercado”, sugere Alberto Pessina, presidente do Conselho de Administracao da Assocon. Foto: Divulgação

INFLUÊNCIA EXTERNA

O diretor da SNA Alberto Figueiredo lembra que o comércio internacional é regido por acordos comerciais, que são firmados em locais próprios, em função dos países envolvidos: “No entanto, o aumento de oferta de qualquer produto, por parte de qualquer país, implica na ocupação de uma fatia nova de mercado que, originalmente, era ocupada por outro país. É natural que os prejudicados lutem para não perder suas conquistas”.

Segundo o executivo, quando isso ocorre, “abre-se uma verdadeira guerra entre os envolvidos, muitas delas decididas anos depois em tribunais internacionais”. “Os países que se sentem prejudicados, cientes dos limites legais de interposição de barreiras, normalmente alfandegárias, por meio da instituição de impostos de importação, acabam se valendo de artifícios para inibir a concorrência”, avalia.

“Criam-se, assim, as barreiras não alfandegárias, que são normalmente baseadas em padrões de qualidade, uma vez que esses são sujeitos a interpretações, e, assim, com critérios subjetivos”, ressalta Figueiredo.

RECUPERAÇÃO DO SETOR

Na avaliação do presidente do Conselho de Administração da Assocon, a recuperação da pecuária pode acontecer em médio prazo associada à recuperação da economia brasileira. “O que precisamos entender é que a demanda é o principal fator que influencia a formação dos preços e margens. Como hoje nossas vendas estão 80% atreladas ao mercado interno, não há como não sentir uma crise econômica dessa magnitude”, reforça Pessina.

Segundo o executivo, isso deve servir de lição para que a cadeia passe a se preocupar com a criação de novos mercados e com a ampliação da venda nos mercados já existentes.

“Para isso, será necessário um amadurecimento tanto do produtor quanto da indústria, pois a entrada em novos mercados exigirá maiores controles e protocolos visando atender as maiores exigências desses mercados”, analisa.

Na visão de Pessina, “temos de entender que somente o trabalho em conjunto da cadeia permitirá a resposta rápida a essas exigências”.

“Problemas como o de abcessos nos Estados Unidos (relacionados a vestígios de vacina contra febre aftosa encontrados na carne exportada pelo Brasil para o mercado norte-americano) serão cada vez mais comuns. E eles não serão resolvidos nos frigoríficos e, sim, por meio de um trabalho conjunto entre os fornecedores de insumos e os produtores”, observa.

“O setor industrial de carnes sempre foi o ponto fraco da cadeia produtiva no Brasil, inibindo, por décadas, o desenvolvimento da nossa pecuária”, critica o diretor da SNA Alberto Figueiredo. Foto: Arquivo SNA

Na opinião do diretor da SNA, o escândalo da Operação Carne Fraca, deflagrada em 17 de março passado pela Polícia Federal, pode ter sido “plantado e propositalmente exacerbado”, para prejudicar a imagem do Brasil no mercado internacional de carnes, “uma vez que nosso país começou a conquistar mercados que, até então, eram cativos de outros grandes países”.

Para Figueiredo, “o governo brasileiro reagiu de forma infantil a essa provocação e acabou confessando que os problemas existiram efetivamente, quando, na realidade, os poucos desvios de conduta, que não são privilégios nossos, não representavam quaisquer riscos ao processo de exportação, pelo tipo de eventuais infrações e pelo número de estabelecimentos envolvidos”.

“Por outro lado, o setor industrial de carnes sempre foi o ponto fraco da cadeia produtiva no Brasil, inibindo, por décadas, o desenvolvimento da nossa pecuária”, critica o diretor da SNA. Com informações da SNA.


 


   Leia também:
 
[19/04/2024] - Semana de preços firmes para o boi gordo
[19/04/2024] - Está faltando boi em São Paulo
[19/04/2024] - Leite: custo de produção volta a cair em março
[19/04/2024] - Como renegociar seu crédito rural?
[19/04/2024] - MST monta novo acampamento no RS

Regras para a publicação de comentários


   Notícias Anteriores
 
[18/04/2024] - Tensão cresce entre Agro e Governo Lula
[18/04/2024] - Invasões do MST chegam a 11 estados do Brasil
[18/04/2024] - MST invade sede do Incra em Mato Grosso do Sul
[18/04/2024] - É hora de comprar boi magro?
[18/04/2024] - Boi China a preço de boi comum?
[18/04/2024] - Unidade da JBS é fechada em Goiás
[18/04/2024] - Entidades querem união contra leite importado
[18/04/2024] - Agro salva a balança comercial de São Paulo
[17/04/2024] - Câmara aprova urgência para punição de invasores
[17/04/2024] - Em evento com Lula, ministro celebra ações do MST
[17/04/2024] - Pecuaristas travam vendas e boi sobe
[17/04/2024] - Economia brasileira perdeu força em fevereiro
[16/04/2024] - Exportações crescem mais de 70% em abril
[16/04/2024] - Preços da carne exportada continuam preocupando
[16/04/2024] - Como está o preço do boi em SP e Goiás?
[16/04/2024] - MST invade área da Embrapa pela terceira vez
[16/04/2024] - Governo lança programa para atender ao MST
[16/04/2024] - Coca-Cola sai do mercado de lácteos no Brasil
[15/04/2024] - Unidade da JBS vai dobrar abates em um ano
[15/04/2024] - Lupion recusa convite para evento ao lado de Lula
[15/04/2024] - PGR pede a derrubada do marco temporal
[15/04/2024] - MST ignora Lula e invade terras em seis estados
[15/04/2024] - Como foi a semana passada no mercado do boi?
[15/04/2024] - Preço de milho despencou
[12/04/2024] - Em evento na JBS, Lula elogia os irmãos Batista
[12/04/2024] - Exportações de MS para a China podem disparar
[12/04/2024] - Brasil tenta mudar protocolo sanitário com a China
[12/04/2024] - China reduziu compras do agronegócio brasileiro
[12/04/2024] - Pecuaristas precisam ficar em alerta
[11/04/2024] - Decisão do STJ pode travar exportações de carne
[11/04/2024] - CADE atrasa compra de frigoríficos pela Minerva
[11/04/2024] - Pecuaristas de São Paulo estão desanimados
[11/04/2024] - Frigoríficos estão comprando pouco gado
[11/04/2024] - MST invade centro de pesquisa do MAPA na Bahia
[11/04/2024] - Deputados acusam Fávaro de interferência na FPA
[10/04/2024] - Crise no Agro ameaça a economia brasileira
[10/04/2024] - Lula vai visitar unidade da JBS
[10/04/2024] - Brasil continua perigosamente dependente da China
[10/04/2024] - Boi pode subir nos próximos dias
[10/04/2024] - Frigoríficos voltam a comprar em São Paulo
[10/04/2024] - Paraná retira benefícios de lácteos importados
[10/04/2024] - Produtores gaúchos pedem intervenção no leite
[09/04/2024] - As exportações vão segurar o preço do boi?
[09/04/2024] - Abates batem recorde histórico em Mato Grosso
[09/04/2024] - Estratégia de venda dos pecuaristas deu certo?
[09/04/2024] - Mercado do boi parado em São Paulo
[09/04/2024] - Como está a produção de leite no RS?
[09/04/2024] - Fávaro critica recuperações judiciais no Agro
[08/04/2024] - Produtores de leite pedem ajuda a Tarcísio
[08/04/2024] - Boi vai subir nesta semana?

     Clique aqui para ver o índice geral de noticias


 

 

 

Adicione seu site Comprar e vender Atendimento ao anunciante Mais buscados

Venda para a pecuária brasileira através da Internet!
Clique aqui e veja como anunciar no Pecuária.com.br