Publicado em 21/06/2017A Justiça Federal de Brasília proibiu a JBS de vender as unidades de carne bovina no Uruguai, Paraguai e Argentina para a concorrente Minerva. Pelo acordo anunciado no começo do mês, a JBS receberia US$ 300 milhões.
A decisão foi tomada na terça-feira pelo juiz substituto da 10ª Vara Federal, Ricardo Leite, que citou que a venda de ativos pode prejudicar o esclarecimento de fatos denunciados na delação de executivos da JBS.
Em seu despacho, o juiz considera "prematura" a venda de ativos da JBS pela "fragilidade" das provas apresentadas pela empresa até agora na sua delação. Além disso, afirma, o acordo de delação ainda será analisado pelo Supremo Tribunal Federal, que poderá mudá-lo.
Na véspera, a JBS anunciou um plano de desinvestimentos de R$ 6 bilhões, após ter fechado um acordo de leniência com valor recorde, diante do envolvimento em escândalo de corrupção.
Em seu despacho, o juiz considera "prematura" a venda de ativos da JBS pela "fragilidade" das provas apresentadas pela empresa até agora na delação.
Além disso, afirmou ele, o acordo de delação ainda será analisado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que poderá mudá-lo.
O acordo da JBS com a Minerva, anunciado no início deste mês, ocorre no momento em que a empresa controlada pela família Batista sofre as consequências da delação que envolveu o presidente Michel Temer e políticos.
A JBS pretendia utilizar os recursos obtidos no negócio com a Minerva para diminuir sua alavancagem financeira.
Segundo o acordo, a Minerva pagaria US$ 280 milhões em dinheiro no fechamento da transação, o que era esperado para julho. O saldo remanescente seria pago após a conclusão de due diligence. Com informações da Reuters.