Publicado em 21/09/2016Este ano não está sendo um bom período para a pecuária, principalmente para os confinadores. O setor tem esperança, no entanto, de que o cenário melhore em 2017.
Os principais entraves encontrados em 2016 devem ser superados no próximo ano. Essa é a esperança de Alberto Pessina, o novo presidente da Assocon (Associação Nacional dos Confinadores).
Entre os fatores que vão auxiliar o setor está a abertura de novos mercados, como o dos Estados Unidos.
Os norte-americanos, após quase duas décadas de negociações, abriram as portas para a carne "in natura" brasileira.
Pessina aposta, também, na melhora na economia brasileira, o que deve gerar mais demanda para o setor. Além disso, as supersafras de grãos nos Estados Unidos e o aumento de produção no Brasil devem reduzir os custos dos grãos, um dos componentes de custo do setor.
O novo presidente da Assocon espera que, após um 2015 com lucro e um 2016 muito difícil, a pecuária volte a ter ganhos em 2017.
O setor está em um período muito complicado, principalmente para o confinamento. Os custos da ração subiram, o estoque de animais caiu, mas o preço do boi não teve a correção esperada, segundo ele.
A demanda interna está contida e muitos importadores, principalmente os ligados ao petróleo, pisaram no freio nas importações.
Do lado externo, Pessina acredita que a abertura dos novos mercados e a competitividade da carne brasileira vão dar impulso às exportações. Além disso, um acerto externo nos preços do petróleo darão novo fôlego aos países produtores de óleo e importantes importadores de carnes.
O novo presidente da entidade acredita que o papel da Assocon seja o de agregar ainda mais a cadeia produtiva. Essas ações são importantes no mercado interno e vão desde a difusão de tecnologia e de informações à classificação de carcaças.
No setor externo, a atuação da instituição visa a abertura de novos mercados —a Assocon participou da abertura do mercado dos EUA—, bem como a melhora na distribuição de cotas em mercados importantes como o da Europa.
O mercado de confinamento tem participação de 5% a 7% nos abates de gado no país, que é de aproximadamente 35 milhões de cabeças por ano.
A Assocon iniciou nesta terça-feira (20), em Goiânia, um encontro do setor para discutir, entre outros temas, as necessidades dos consumidores. O evento termina nesta quinta (22). Com informações da Folha.