Publicado em 25/01/2016A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento Kátia Abreu comentou em seu Twitter, nesse domingo, dia 24, a informação de que o governo estuda taxar exportações agrícolas para elevar a arrecadação para Previdência.
“Tem gente na previdência querendo tributar as exportações do Agro. Aviso que soja, carnes não se aposentam”, escreveu na rede social. Na série de tweets que se seguiram, a ministra afirmou que a medida não deverá passar e que a presidente Dilma Rousseff “não permitirá um ataque destes num setor vital para o Brasil”.
Abreu ainda comparou a medida com a tomada pela ex-presidente argentina Cristina Kirchner, que também tributou as exportações em 2008 – ação eliminada em dezembro de 2015 pelo atual líder do país, Mauricio Macri- e completou “temos concorrentes fortes para nos substituir no mercado mundial: EUA!”
“O Agro é um time vencedor no Brasil e no mundo. Fez U$ 20 bi de superávit na balança comercial enquanto os demais setores foram negativos. Exportou mais de U$ 80 bi em 2015. E vai fazer muito mais em 2016. Desde que não nos atrapalhe”, finalizou.
Em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, publicada nesta segunda-feira, dia 25, a ministra reforçou que a saída para voltar a aumentar o PIB, diante da previsão do Fundo Monetário Internacional (FMI) de retração de 3,5%, é aumentar as exportações. Ela defende que o Brasil precisa “abrir mais mercados” e ser mais agressivo.
A proposta de começar a cobrar uma contribuição sobre o valor de produtos agrícolas exportados dobraria o valor arrecadado pela Previdência Rural, que atualmente é de R$ 7 bilhões. O assunto está sendo discutido no Fórum de Debates, liderado pelo Ministério do Trabalho e Previdência Social, e gera controvérsias. Com informações do Canal Rural.