Publicado em 31/07/2015A Justiça do Estado de Goiás expediu na tarde desta quinta-feira uma ação de despejo para que o Marfrig desocupe a planta frigorífica de Paranaíba (MS) em 30 dias. A decisão contempla ainda as plantas de Rio Verde – GO e Rolim de Moura – RO, que também estavam arrendadas para o Marfrig.
De acordo com Mauro Suaiden, um dos proprietários do extinto grupo Margen, a expectativa é que o Marfrig seja notificado até a próxima terça-feira (4) e no início de setembro a Total S/A, antigo grupo Margen, reinicie seus trabalhos, com a contratação de pessoal.
“Vamos aproveitar esta mão de obra que foi dispensada pelo Marfrig, como a capacidade de abate será a mesma, é possível que contratemos a mesma quantidade de funcionários”, disse ele em entrevista ao Jornal do Povo.
O Marfrig fechou a unidade de Paranaíba afirmando que o motivo seriam necessidades mercadológicas e argumentou junto ao sindicato que representa a categoria que havia falta de bovinos na região para abate. A informação pegou os funcionários e a cidade de surpresa, já que a planta de Paranaíba estava trabalhando com uma média de abate em torno de 600 animais por dia. Todos os funcionários foram demitidos e as atividades do Marfrig foram encerradas em Paranaíba no dia 17 deste mês.
Mauro Suaiden e Geraldo Antônio Prearo eram proprietário do Grupo Margen que, em 2008, pediu recuperação judicial, quando foi criada a empresa Total S/A, dona de todo o patrimônio do Margen. Como estava em recuperação judicial, arrendaram por cinco anos três plantas (Paranaíba-MS, Rio Verde-GO e Rolim de Moura-RO) para o Marfrig, cujo contrato encerraria em 31 de dezembro de 2.014.
Passados os cinco anos, com a recuperação judicial, a Total S/A estaria em condições de tocar o negócio por conta própria, motivo pelo qual, segundo Geraldo Prearo, em abril de 2014, a Total S/A comunicou o Marfrig sobre a intenção retomar as plantas assim que terminasse o contrato em dezembro de 2014. Em lugar de devolver as plantas arrendadas, o Marfrig entrou com uma ação renovatória na Justiça de Goiás, onde fica a sede do Grupo Total S/A, antigo Margen.
Segundo Geraldo Prearo informou a pouco, o grupo está com tudo pronto para recomeçar as atividades. Com informações do JP News.