Publicado em 15/07/2015Se no primeiro semestre deste ano as exportações de carne bovina do país ficaram aquém das expectativas - renderam US$ 2,7 bilhões, 18% menos que em igual intervalo de 2014 -, as perspectivas de reação nos próximos meses ganharam força a partir da abertura, ou reabertura, de mercados considerados estratégicos para as vendas brasileiras do produto.
Nesse contexto, destacou a Abiec, entidade que representa exportadores do segmento, apesar da retração dos embarques, os primeiros seis meses do ano foram marcados por "conquistas, como o fim dos embargos de China, Iraque e África do Sul [impostos após a confirmação de um caso atípico da doença da 'vaca louca' no Paraná, no fim de 2012] e a abertura do mercado americano" à cana in natura.
Particularmente no caso chinês, o reinício das compras se mostrou promissor. Em comunicado, Antônio Jorge Camardelli, presidente da Abiec, informou que, nos dez dias úteis de junho que se seguiram à efetiva reabertura, foram enviadas ao país asiático 3,7 mil toneladas, cuja receita superou a marca de US$ 20 milhões.
E a movimentação de cargas destinadas à China segue aquecida. No Porto Itapoá, no litoral norte de Santa Catarina, o primeiro embarque após a retomada do fluxo comercial aconteceu entre os dias 5 e 9 deste mês - foram 17 contêineres da JBS - e, segundo Patrício Jr., CEO do porto, já há um segundo lote com quase tudo preparado para seguir viagem.
Em sexto lugar na movimentação de cargas em contêineres no país em 2014, o porto aguarda licença do Ibama para iniciar uma expansão para quadruplicar sua capacidade de movimentação. Com informações do Valor.