Publicado em 18/05/2015Criar bezerros mais pesados e saudáveis é um desafio da pecuária brasileira. A escassez do boi magro no mercado de reposição tem resultado na valorização do bezerro, e, por isso, conseguir uma boa engorda no momento da recria pode render lucros para os pecuaristas.
A recria, período em que o bezerro apresenta maior potencial de ganho de peso, possui 12 meses de duração e duas fases bem definidas: a da seca a das chuvas. O zootecnista José Leonardo Ribeiro explica que geralmente o bezerro desmama no período seco com bom peso. Por isso, é importante investir em suplementações proteicas ou proteico-energéticas para evitar a perda de peso.
– É preciso estabelecer um plano nutricional para que nos seis meses de período seco esse bezerro ganhe na pós desmama uma arroba e meia, ou seja, por volta de 45 quilos. Depois, nos seis meses seguintes, durante o período das águas, o ganho deve ser de quatro a cinco arrobas.
Ou seja, durante o período de um ano da recria, o animal deve ganhar, em média, seis arrobas. De acordo com Ribeiro, é mais vantajoso fazer bem a recria, para não desperdiçar o investimento feito durante a cria e tornar o ganho de peso na terminação do gado mais rápido e eficiente.
O zootecnista afirma que no sistema de criação a pasto, independente do momento do ano, o custo médio é de R$ 0,60 por dia por animal, produzindo ou não. Se considerar o período de ano de recria, o custo por animal a pasto será de R$ 220. Se o animal for criado com suplementação proteinada, o custo vai ser de mais R$ 180. Ao longo de um, portanto, o custo de recria por animal, com suplementação a pasto, fica em torno de R$ 400,00, incluindo os custos de mão-de-obra e manejo sanitário.
Com os preços atuais de R$ 165 por arroba no momento em que o animal atinge o peso de 380 quilos, a venda do animal vai gerar uma receita de R$ 900,00. Assim, com a suplementação na recria, o pecuarista consegue um lucro de R$ 500,00 por animal. Com informações do Canal Rural.
