Publicado em 04/05/2015A Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal de Mato Grosso do Sul (Iagro-MS) confirmou o primeiro caso de mormo equino - uma grave enfermidade infecto-contagiosa – em um animal no município de Bela Vista (MS).
No dia 9 de abril, o produtor solicitou ao médico veterinário a colheita de amostra para exame de mormo no animal, que iria participar de evento agropecuário em Campo Grande. A amostra foi analisada por um laboratório em São Paulo, que atestou resultado positivo para a doença. Com isso, a propriedade foi interditada para entrada e saída de cavalos.
Segundo nota oficial do governo, o animal será sacrificado e incinerado. Todos os animais da propriedade serão submetidos a teste de diagnóstico, sendo repetido o mesmo teste após um intervalo de 45 a 90 dias, após a primeira colheita. Com o resultado negativo, em ambos os testes, é considerado saneado o foco e a propriedade é desinterditada, e o trânsito liberado.
Para o trânsito de equídeos, no Mato Grosso do Sul, passa a ser obrigatória a apresentação de exame negativo para mormo, cuja colheita de material deverá ser realizada por médico veterinário autônomo e o material encaminhado aos laboratórios credenciados pelo Ministério da Agricultura.
Atualmente, as Unidades da Federação onde está confirmada a presença de Mormo são: Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Espírito Santo, Mato Grosso, Maranhão, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Rondônia, Roraima, Santa Catarina, Sergipe e São Paulo.
Doença
O mormo é causado pela bactéria Burkholderia mallei e atinge os equídeos (cavalos, burros e mulas). De acordo com o Ministério da Agricultura, é uma doença de notificação imediata, incurável, letal, de potencial zoonótico e tem como principal via de infecção a digestiva, podendo ocorrer, também, por meio respiratório e cutâneo.
O período de incubação da doença varia de um a 14 dias. Com informações do Correio do Estado.