Cotações Mapas Notícias em seu e-mail
Precisa vender? Mais de 6.000 visitantes diariamente esperam pelo seu produto aqui no Pecuaria.com.br. Clique aqui e veja como e facil anunciar!
Arroba do Boi - R$ (À vista)
SP MS MG
230,00 218,00 213,00
GO MT RJ
213,00 212,00 213,00
Reposição - SP - R$
Bezerro 12m 1790,00
Garrote 18m 2160,00
Boi Magro 30m 2570,00
Bezerra 12m 1400,00
Novilha 18m 1700,00
Vaca Boiadeira 2020,00

Atualizado em: 24/4/2024 09:22

Cotações da Arroba: SP-Noroeste, MS-Três Lagoas, MG - Triângulo, GO - Região Sul, MT - Rondonópolis, RJ-Campos
Clique aqui e veja cotações anteriores

 

 

 

 


 
Receba, diariamente, em seu
e-mail nosso boletim com os assuntos que mais interessam
ao profissional do setor.

Clique aqui e inscreva-se gratuitamente.


Adriano Garcia
MTb 10252-MG

 

OMC: Argentina vence e pode ajudar carne do Brasil

 
 
 
Publicado em 04/03/2015

A Organização Mundial do Comércio (OMC) decidiu que os Estados Unidos proíbem ilegalmente a entrada de carne bovina in natura (resfriada ou congelada) da Argentina em seu mercado. O Valor apurou que a decisão preliminar dos juízes da entidade, já enviada confidencialmente a Washington e a Buenos Aires, dá razão à queixa argentina sobre a barreira, imposta sob argumentos sanitários. É a primeira vitória argentina em um contencioso comercial nos últimos anos, e o Brasil poderá ser beneficiado por ela.

Os panelistas da OMC condenaram a proibição e, entre outros pontos, a "demora injustificável" dos Estados Unidos em reconhecer o princípio da regionalização sanitária e fitossanitária, pela qual áreas sem ocorrência de febre aftosa podem ser autorizadas a exportar. A decisão considera que os EUA violam diversos outros artigos do Acordo de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias (SPS, na sigla em inglês), impondo uma derrota esmagadora aos americanos em uma área especialmente sensível do comércio agrícola.

Em sua linguagem tradicional, o "xerife" do comércio global determina que os EUA devem "entrar em conformidade'' com as regras internacionais - e isso significa, na prática, que Washington tem de derrubar a barreira, como adiantou ontem o Valor PRO, serviço de informações em tempo real do Valor.

Em outubro, os EUA sinalizaram que o resultado do painel na OMC não teria impacto, porque duas decisões tinham alterado significativamente a disputa com a Argentina. Primeiro, porque Washington havia lançado uma determinação formal que reconhecia a Patagônia como região livre de febre aftosa. Em segundo lugar, porque os EUA colocaram em consulta pública uma proposta para permitir a importação proveniente do norte da Argentina, condicionada a medidas apropriadas de controle que os argentinos reconheciam que eram necessárias.

Porém, a embaixada da Argentina em Washington diz que o país segue sem poder exportar carne bovina fresca para os EUA. De fato, Washington publicou uma proposta para permitir a importação. O período de comentários terminou em 29 de dezembro. Mas até hoje os EUA não publicaram uma decisão final, mantendo barrado o produto.

Ainda que a decisão dos juízes da OMC seja definida como "interina" no jargão da entidade, na prática é a decisão final. Mas ainda demorará semanas até que a entidade anuncie o veredito final e, depois, publique o relatório do painel. Normalmente, o perdedor recorre ao Órgão de Apelação para ganhar tempo para se adaptar à decisão dos juízes. De qualquer forma, na teoria a decisão tende a influenciar uma reativação dos embarques de carne bovina argentina para o mercado americano. E poderá ajudar também o Brasil, cuja carne bovina in natura continua sem poder ingressar nos EUA.

As tratativas da Argentina com os EUA para derrubar a barreira duram 12 anos. Mais recentemente, o governo de Cristina Kirchner abriu o contencioso na OMC como uma retaliação à denuncia de EUA, União Europeia e Japão contra barreiras argentinas consideradas protecionistas. Paralelamente, a Casa Rosada abriu também uma disputa contra as sobretaxas da UE sobre a entrada de biodiesel, mas esse caso se arrasta mais lentamente.

Os exportadores brasileiros de carne bovina in natura reclamam de demora idêntica de Washington. Os frigoríficos chegaram a alimentar esperanças de poder acessar o mercado americano como uma das compensações que os EUA poderiam oferecer para não sofrerem retaliação por causa dos subsídios ilegais concedidos aos produtores de algodão. O governo Obama, contudo, recusou essa parte da barganha.

A vitória argentina na OMC alimenta a expectativa de especialistas de que o governo brasileiro poderá ser politicamente mais incisivo nas tratativas para a abertura do mercado americano para sua carne bovina in natura. De um lado, existe a esperança de que uma viagem da presidente Dilma a Washington ajude a impulsionar essa medida, que poderia ser até um dos principais pontos da visita. Mas os EUA poderiam argumentar que nem sempre as questões sanitárias de um caso se aplicam necessariamente a outro.

Para Leonardo Sarquis, diretor da consultoria argentina Confiagro, a decisão da OMC, quando confirmada, tende a favorecer o Brasil mais rapidamente, já que a Argentina segue presa às próprias amarras que criou com as restrições. As exportações de carne bovina são controladas desde março de 2006, e depois disso os embarques ficaram restritos a cotas atendidas por alguns frigoríficos. Com 180 mil toneladas embarcadas em 2014, a Argentina, que em 2004 exportou 700 mil toneladas, caiu para o quarto lugar entre os exportadores de carne bovina in natura do Cone Sul. O Brasil, que ontem foi informado da retirada do embargo do Iraque a sua carne bovina processada, lidera o ranking.

E, segundo ele, mesmo que a decisão da OMC seja uma vitória, também é preciso ver se a Argentina terá condições de atender à demanda americana, já que nem a cota Hilton da UE, para carnes premium, o país consegue alcançar. Como qualquer outro setor privado do país, também os produtores de carne esperam com ansiedade a mudança de governo. A eleição presidencial será em outubro. Depois disso, Sarquis calcula que o país levará três anos para recuperar tempo e terreno perdidos. Com informações do Valor.


 


   Leia também:
 
[24/04/2024] - Regra ambiental pode barrar até pecuarista legal
[24/04/2024] - Projeto anti-invasão avança na Câmara
[24/04/2024] - Como está o custo de produção do boi em MT?
[24/04/2024] - Preço do boi sobe em Mato Grosso
[24/04/2024] - Arroba: como está o mercado do boi em São Paulo?
[24/04/2024] - Pecuária sofre com tombo da arroba e do leite

Regras para a publicação de comentários


   Notícias Anteriores
 
[23/04/2024] - Exportações de carne já superaram abril de 2023
[23/04/2024] - Semana começa devagar no mercado do boi
[23/04/2024] - Marco Temporal está em vigor, diz STF
[23/04/2024] - Líder de Lula pede demissão por ser contra invasão
[23/04/2024] - O agro brasileiro exige respeito
[22/04/2024] - MST promete dobrar as invasões até o fim de abril
[22/04/2024] - Projetos anti-invasão avançam no Congresso
[22/04/2024] - Tem boi represado nos pastos brasileiros?
[22/04/2024] - Preço da reposição subiu com força em SP
[22/04/2024] - Compradores de milho estão fora do mercado
[22/04/2024] - Governo de SC lança programa de apoio ao leite
[19/04/2024] - Semana de preços firmes para o boi gordo
[19/04/2024] - Está faltando boi em São Paulo
[19/04/2024] - Leite: custo de produção volta a cair em março
[19/04/2024] - Como renegociar seu crédito rural?
[19/04/2024] - MST monta novo acampamento no RS
[18/04/2024] - Tensão cresce entre Agro e Governo Lula
[18/04/2024] - Invasões do MST chegam a 11 estados do Brasil
[18/04/2024] - MST invade sede do Incra em Mato Grosso do Sul
[18/04/2024] - É hora de comprar boi magro?
[18/04/2024] - Boi China a preço de boi comum?
[18/04/2024] - Unidade da JBS é fechada em Goiás
[18/04/2024] - Entidades querem união contra leite importado
[18/04/2024] - Agro salva a balança comercial de São Paulo
[17/04/2024] - Câmara aprova urgência para punição de invasores
[17/04/2024] - Em evento com Lula, ministro celebra ações do MST
[17/04/2024] - Pecuaristas travam vendas e boi sobe
[17/04/2024] - Economia brasileira perdeu força em fevereiro
[16/04/2024] - Exportações crescem mais de 70% em abril
[16/04/2024] - Preços da carne exportada continuam preocupando
[16/04/2024] - Como está o preço do boi em SP e Goiás?
[16/04/2024] - MST invade área da Embrapa pela terceira vez
[16/04/2024] - Governo lança programa para atender ao MST
[16/04/2024] - Coca-Cola sai do mercado de lácteos no Brasil
[15/04/2024] - Unidade da JBS vai dobrar abates em um ano
[15/04/2024] - Lupion recusa convite para evento ao lado de Lula
[15/04/2024] - PGR pede a derrubada do marco temporal
[15/04/2024] - MST ignora Lula e invade terras em seis estados
[15/04/2024] - Como foi a semana passada no mercado do boi?
[15/04/2024] - Preço de milho despencou
[12/04/2024] - Em evento na JBS, Lula elogia os irmãos Batista
[12/04/2024] - Exportações de MS para a China podem disparar
[12/04/2024] - Brasil tenta mudar protocolo sanitário com a China
[12/04/2024] - China reduziu compras do agronegócio brasileiro
[12/04/2024] - Pecuaristas precisam ficar em alerta
[11/04/2024] - Decisão do STJ pode travar exportações de carne
[11/04/2024] - CADE atrasa compra de frigoríficos pela Minerva
[11/04/2024] - Pecuaristas de São Paulo estão desanimados
[11/04/2024] - Frigoríficos estão comprando pouco gado
[11/04/2024] - MST invade centro de pesquisa do MAPA na Bahia

     Clique aqui para ver o índice geral de noticias


 

 

 

Adicione seu site Comprar e vender Atendimento ao anunciante Mais buscados

Venda para a pecuária brasileira através da Internet!
Clique aqui e veja como anunciar no Pecuária.com.br