Publicado em 16/12/2014A presidente Dilma Rousseff teceu vários elogios à senadora Kátia Abreu (PMDB-TO), que tomou posse como presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) nesta segunda-feira, indicando que a peemedebista deve ser nomeada ministra da Agricultura, como já disseram fontes do governo à Reuters.
"Hoje, Kátia Abreu, quero lhe dizer que nossa parceria está apenas começando. Nós temos quatro anos pela frente", disse Dilma durante discurso na cerimônia de posse da senadora como presidente da CNA, em Brasília.
"No novo mandato que se inicia, o produtor rural não será apenas ouvido ou consultado, proponho mais que isso, quero o produtor rural tomando decisões junto comigo e participando do governo e atuando diretamente na definição de nossas políticas", afirmou a presidente.
"(Nós) estaremos muito próximas nesses próximos quatro anos, mais próximas do que nunca”, acrescentou Dilma.
Kátia tem se aproximado de Dilma nos últimos anos, logo depois que deixou o DEM, partido que faz oposição ferrenha ao governo no Congresso Nacional.
As informações de que ela deve ser nomeada ministra da Agricultura, porém, geraram resistências em setores políticos e sociais. O PMDB, partido ao qual se filiou há pouco mais de um ano, considera a escolha da senadora para o cargo como uma escolha pessoal da presidente e ainda não abraçou a indicação como uma opção partidária.
E movimentos sociais ligados aos problemas do campo também criticaram a possibilidade de Kátia assumir o comando do ministério.
Nesta segunda-feira, um grupo de dezenas de manifestantes do Movimento Brasileiro dos Sem Terra (MBST) e da Frente Nacional de Luta Campo e Cidade (FNL) ocupou o hall de entrada da sede da CNA por horas para protestar contra a senadora. Eles deixaram a entidade pouco antes da cerimônia de posse de Kátia.
Reunido com Dilma antes do evento na CNA, o MST também demonstrou insatisfação com a possibilidade de a senadora assumir uma pasta no Executivo. Com informações da Reuters.