Publicado em 21/08/2014O Partido Socialista Brasileiro (PSB) confirmou na noite desta quarta, dia 20, a ex-ministra do Meio Ambiente e ex-Senadora Marina Silva como candidata à presidência da República, tendo o deputado federal gaúcho Beto Albuquerque como candidato à vice-presidente. Questionada sobre a resistência do agronegócio a sua candidatura, Marina garantiu que buscará o diálogo com o setor e discordou que sua imagem negativa seja unânime entre os produtores.
– Eu discordo que o agronegócio, de uma forma homogênea, tenha as restrições. Tem muita gente que está na vanguarda de integrar economia e ecologia, e uma grande parte está esperando para ver como vamos viabilizar os meios para aumentar a produção por ganho de produtividade, usando cada vez menos recursos naturais – disse a candidata.
A candidata garantiu que seguirá as propostas levadas por Eduardo Campos no debate promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) no início do mês em Brasília.
Código Florestal
Marina Silva também foi questionada sobre suas posições quando da aprovação do novo Código Florestal em 2012. Na época, a ex-Senadora afirmou que a lei sancionada era um retrocesso na legislação ambiental brasileira. Marina afirmou que, se eleita, seu compromisso será com a implementação da lei.
– Precisamos inclusive fazer o Cadastro Ambiental Rural, que, infelizmente, não está sendo feito com a urgência, a velocidade e a quantidade que precisamos.
Ela lembrou que o Código Florestal de 2012 traz um conjunto de medidas voltadas para a recuperação de áreas degradadas, bem como incentivos econômicos que precisam ser postos em prática. E aproveitou para criticar a política florestal do atual governo.
– Os próprios agentes do agronegócio e da agricultura familiar concordaram que, a partir deste Código, teríamos todas as condições de termos desenvolvimento sem desmatamento. Quando eu era ministra do Meio Ambiente nós tivemos os menores índices de desmatamento e o maior crescimento econômico. Agora temos exatamente o contrário, aumentou o desmatamento e a economia deixou de crescer.
Mesmo assim, a candidata não negou que possa propor alterações na legislação.
– Todas as leis que não são causa pétrea são passíveis de serem mudadas por qualquer congressista ou pelo governo. Com infomações do Canal Rural.