Publicado em 18/08/2014Em Goiás, na região Centro-Oeste do país, a atividade do confinamento de gado este ano teve um crescimento de 25% e os donos dos boitéis, que são hotéis para bois, aproveitam o bom momento para investir no negócio.
O pecuarista Luiz Sérgio Miranda foi buscar os 1.100 animais que estão prontos para o abate. O pecuarista trabalha com compra e venda de gado e há um ano e meio decidiu fazer toda a engorda no sistema de confinamento. Segundo ele, o ganho de peso do animal é melhor no confinamento. “Eu gasto R$ 84 a R$ 85 por arroba que produzo e vendo a arroba por R$ 114, R$ 115 hoje,”, explica o pecuarista.
Goiás está entre os estado que mais confinam gado no Brasil: mais de um milhão de cabeças por ano. Nos boitéis, além de engordar o próprio gado, os proprietários recebem bois de outros criadores. A diária, que hoje custa em torno de R$ 6 por animal, paga os gastos com a hospedagem e a alimentação.
Em Santa Helena de Goiás, na região sudoeste do estado, os boitéis estão operando na capacidade máxima. É um período normal de seca na região Centro-Oeste, em que os criadores confinam o gado para a engorda. O que aumenta o aumento na procura pelo boitéis este ano é a estiagem dos meses de janeiro e fevereiro.
Em uma propriedade, o movimento em 2014 já é 50% maior que o do ano passado. “Junta o fator climático, mais uma margem maior, acabamos que passamos o ano inteiro lotado. É o maior ano disparado o confinamento nosso. Hoje tem cinco mil bois de parceiro que não conseguiram e até o fim do ano mais 30 mil animais”, afirma o dono do boitel, Pedro Merola.
Para atender toda a demanda, novos currais estão sendo construídos. “Resolvemos dobrar a capacidade de 20 mil para 40 mil e vamos ter mais capacidade e atender a todos”, explica Merola.
A Associação Nacional dos Confinadores estima que este ano o crescimento do setor no país seja de 8%. Com informações do Globo Rural.