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Adriano Garcia
MTb 10252-MG

 

Brasil sofrerá consequências da carne de cavalo

 
 
 
Publicado em 01/03/2013

Os frigoríficos brasileiros que exportam seus produtos para a União Europeia também vão pagar a conta do escândalo provocado pela descoberta do uso de carne de cavalo em lugar da bovina em alimentos vendidos no Velho Continente, para permitir a retomada da confiança dos consumidores.

Diferentes interlocutores disseram ao Valor no Salão da Agricultura, em Paris, que a Europa vai inevitavelmente endurecer suas regras de rastreabilidade e tornar obrigatória uma rígida rotulagem da carne vendida nos 27 países da UE, qualquer que seja a procedência.

"Pedimos para a Europa rotular toda a carne", afirmou o presidente da Federação Europeia de Produtores de Carne Bovina, Pierre Chevalier. "O Brasil deverá aplicar a mesma rotulagem que nós para os pedaços de entrecote, bife, carne moída, etc". Para ele, "a carne brasileira é excelente e seus produtores também terão interesse em dar total transparência ao consumidor europeu".

Jean Pierre Fleury, da Federação de Produtores de Bovinos na França, notou que não se passa um dia sem que surja outro caso de fraude nas carnes em algum país europeu. E a crise se internacionaliza, agora também envolvendo fraude no comércio de peixes nos EUA.

"Esse é um verdadeiro tema do setor agroalimentar e precisamos dar uma resposta urgente, não dá para demorar muito porque o consumidor pode aumentar suas dúvidas", afirmou o dirigente.

Para a Direção Francesa de Repressão de Fraudes (DGCCRF), uma "rastreabilidade insuficiente" no caso da carne de cavalo nos pratos preparados dificultou a identificação da origem da fraude e dos circuitos de comercialização envolvidos.

Agora, segundo Yannick Jador, deputado europeu do Partido Verde francês, a Comissão Europeia harmonizar a rotulagem da carne e tornar mais rigorosa a rastreabilidade.

"Não há sistema harmonizado europeu do "made in", cada país faz como quer", disse. "Com o setor agroalimentar se globalizando mais e mais, forçosamente há potencial de problemas de fraude ou sanitários. É preciso melhorar o sistema de rastreabilidade. E, quanto mais intermediários, maior esse potencial".

"Há uma consequência dessas fraudes sobre a rastreabilidade exigida pela Europa", disse o vice-presidente da Federação Francesa de Agricultura, Henri Bies-Péré. "Na França, soubemos logo a origem do problema. Mas há países na Europa menos preparados. E precisamos que o estrangeiro também respeite [as regras] tanto quanto nós". Para Guy Vasseur, presidente das Câmara de Agricultura Francesas, há falta de transparência na rastreabilidade.

Cercado por câmeras de TV, o deputado e ativista ecológico José Bové foi além: quer que os produtores indiquem aos consumidores não apenas informações como a origem da carne e local do abate dos animais, mas também como eles são alimentados. "As rações também devem entrar nas rotulagens", sugeriu.

Para Chevalier, da Federação Europeia, compensará aos brasileiros gastar um pouco mais para atender às exigências adicionais da Europa para acalmar os consumidores.

Mas seu colega francês Fleury suspira e dá outro conselho aos brasileiros: "Nossos amigos produtores brasileiros deveriam era nos deixar um pouco tranquilos. A Europa tem muita dificuldade, e não apenas agora. Seria melhor o Brasil se concentrar nos mercados asiáticos, onde o consumo está aumentando. Nossa carne é tão boa quanto a do Brasil, mas temos a vantagem de produzir localmente".

A federação de Fleury assinou no Salão da Agricultura um acordo com o Carrefour pelo qual a rede varejista se comprometeu a utilizar 100% de carne francesa por seis meses em seus pratos preparados. A Intermarché, outra cadeia de supermercados, tambem confirmou compromisso com uma cooperativa que reúne 17 mil pecuaristas franceses.

"Os grandes grupos internacionais vão questionar suas estratégias de abastecimento", afirmou ele. "Apresentavam-se como potência, mas hoje estão fragilizados ao verem que seus fornecedores nem sempre são sérios. O consumidor de amanhã, para ter confiança, vai buscar o produto local".

As vendas de pratos congelados a base de carne bovina recuaram 45% em grandes supermercados franceses na primeira semana de revelação do escândalo da carne de cavalo. No Reino Unido, um entre três britânicos diz ter parado de comprar pratos preparados.

Mas diferentes entrevistados garantiram que não houve até agora impacto no consumo de carnes. Estaria ocorrendo mesmo uma volta de consumidor em busca da carne fresca nos açougues ou em grandes redes do varejo. A própria carne de cavalo teve a procura ampliada. "Muita gente ouviu falar que a carne de cavalo é mais magra que a de gado, tem Omega 3 etc", disse Henri Bies-Péré. "Mas há muita confusão e fraudes com carne podem ter impacto no consumo gradualmente".

Na França, o consumo de carne de cavalo é de apenas 300 gramas per capita por ano, comparado a 25 quilos de carne bovina, 35 de carne suína e 25 quilos de frango.

Segundo Chevalier, a produção bovina na Europa seguirá em declínio. Neste ano, a queda estimada é de 3%. Ele disse que só a França perdeu 200 mil vacas na "concorrência" com a produção agrícola, já que mais pessoas abandonaram a pecuária para produzir cereais. "Isso está ocorrendo na Europa inteira".

Chevalier lembrou que, em contrapartida, OCDE e FAO projetam alta de 15% a 20% no consumo de carne bovina em 15 anos. "Assim, teremos em todo caso tensão no mercado global de carne bovina, pela redução da oferta e aumento da demanda que vem da Asia". Com informações do Valor.


 


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